Lucas 21
Lucas 21 é o vigésimo-primeiro capítulo do Evangelho de Lucas no Novo Testamento da Bíblia. Ele reconta os os ensinamentos de Jesus já em Jerusalém em sua última semana, principalmente o longo Discurso das Oliveiras, no qual ele profetiza sua segunda vinda, a destruição do Templo e de Jerusalém[1][2]. O Tostão da ViúvaEste discurso aparece em dois dos evangelhos sinóticos, em Marcos 12 (Marcos 12:41–44) e em Lucas 21:1–4, quando ele estava pregando no Templo de Jerusalém. Na história, uma viúva doa duas lepta no Templo enquanto que os ricos doam muito mais[3] e Jesus aproveita para explicar aos discípulos que os pequenos sacrifícios dos pobres significam mais para Deus do que as extravagantes doações dos ricos[3]. Profecia da Segunda Vinda de JesusO Discurso das Oliveiras é um episódio da vida de Jesus que aparece nos três evangelhos sinóticos, em Mateus 24 (Mateus 24:1–31), Marcos 13 (Marcos 13:1–27) e em Lucas 21:5–36[4][5]. Nele, Jesus explica para os seus apóstolos o conceito de seu retorno do céu, para onde se acredita que Ele teria ascendido para se sentar ao lado direito do Pai. Este episódio é a base da crença cristã na Segunda Vinda de Cristo. Primeiro, Jesus começa falando sobre o Templo, belo e ricamente decorado, profetizando que eles será destruído: «Quanto ao que vedes, dias virão, em que não ficará pedra sobre pedra, que não seja derribada.» (Lucas 21:5–6). É similar a Mateus 24:1–2 e Marcos 13:1–2. Temerosos, os ouvintes perguntam quando isso acontecerá e se haverá sinais. Jesus então lhes fala sobre o que veio a ser conhecido como grande tribulação, um período de «haverá grandes terremotos, pestes e fomes em diversos lugares, e haverá terrores e grandes sinais do céu. Mas antes de tudo isto vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores por causa do meu nome.» (Lucas 21:11–12). Segundo o relato de Lucas, haverá perseguições, traições e ódio, mas os fieis não teriam com o que se preocupar, pois «pela vossa perseverança ganhareis as vossas almas.» (Lucas 20:19). Este trecho é similar a Mateus 24:3–14 e Marcos 13:3–13. Jesus continua contando sobre o destino de Jerusalém, que será completamente destruída. Recomenda a fuga dos que puderem, para os montes e para os campos, pois «porque estes são dias de vingança, para se cumprir tudo o que está escrito.» (Lucas 21:22). Veja também Mateus 24:15–21 e Marcos 13:14–19. Finalmente ele profetiza seu próprio retorno:
Sua volta foi prevista também em Mateus 24:29–31 e Marcos 13:24–27. Parábola da FigueiraEsta parábola, ainda no contexto da profecia da Segunda Vinda, aparece em Lucas 21:29–33 e também em Mateus 24:32–35 e Marcos 13:28–31. Ela fala sobre o Reino de Deus através de uma figueira (como já havia acontecido na igualmente breve Parábola da Figueira Estéril), que, quando começa frutificar, é sinal do que virá a acontecer. Lucas apresenta esta parábola num contexto escatológico[6], como as folhas da figueira, os sinais que ele acaba de revelar no Discurso das Oliveiras imediatamente antes, uma indicação da vinda do Reino de Deus. Importância de manter-se vigilanteJesus encerra o "Discurso das Oliveiras" recomendando cuidado para com os excessos da vida, que podem voltar "como um laço" sobre todos. E recomenda vigilância aos que gostariam de esperar a volta do Filho do Homem (Lucas 21:34–36). Vida de JesusLucas termina contando que Jesus vivia no Monte das Oliveiras e ia diariamente ao Templo para falar com a multidão, que acordava bem cedo para ouvi-lo (Lucas 21:37–38). TextoO texto original deste evangelho foi escrito em grego koiné e alguns dos manuscritos antigos que contém este capítulo, dividido em 38 versículos, são:
Ver também
Referências
Bibliografia
Information related to Lucas 21 |