Pieter Geyl
Pieter Catharinus Arie Geyl (Dordrecht, 15 de dezembro de 1887 - Utrecht, 31 de dezembro de 1966) foi um historiador neerlandês. É considerado um dos mais destacados historiadores dos Países Baixos no século XX.[1] BiografiaGeyl passou a se interessar pela história após sua entrada na Universidade de Leiden, onde se envolveu com o Movimento Flemish em 1911. Após receber seu título de doutor, em 1913, tornou-se o correspondente de Londres para o jornal Nieuwe Rotterdamse Courant. Em 1919, foi indicado professor de História Holandesa na Universidade de Londres, onde permaneceu até 1935, ano em que passou a trabalhar na Universidade de Utrecht. Em outubro de 1940, foi capturado e preso pelos nazistas no campo de concentração Buchenwald, sendo transferido no ano seguinte para a Holanda. Foi liberado apenas em 1944, voltando ao seu ofício de professor.[2] O primeiro trabalho publicado de Pieter Geyl foi a sua dissertação sobre Christofforo Suriano, em 1913. Seu próximo livro, Guilherme IV na Inglaterra até 1748, publicado em 1924, abordou a luta entre o Partido Orange e o Republican States Party e os seus efeitos na política externa da Holanda, temas que se tornaram dominantes em muitos de seus trabalhos posteriores. Em 1925, publicou uma coleção de artigos, A Grande Ideia Holandesa, tratando do conceito de unidade na história da Holanda e de Flanders. Sua principal contribuição, História do povo holandês, publicada em seis volumes ao longo de 1930 e 1937, cobriu a história holandesa desde suas origens até 1798.[2] Em 1947, Geyl iniciou uma longa discussão com o historiador inglês Arnold Toynbee, criticando o seu trabalho em função de uma suposta artificialidade, falta de embasamento empírico, e pelo fato de acarretar algumas pressuposições teológicas. Por motivos semelhantes, Geyl condenou também as considerações filosóficas de Edward Hallett Carr.[3] No decorrer da década de 1950 em diante, o autor continuou publicando ensaios sobre o tema, como Debates com Historiadores (1955), Uso e Abuso da História (1955), e Conflitos em História (1961). A obra de Geyl é lembrada pela ênfase na política externa em contraste com questões constitucionais, assim como pela análise cuidadosa acerca dos fatores geográficos e militares por detrás das dissidências religiosas nos Países Baixos.[2] Obras
Referências
Bibliografia
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