Rabah Madjer
Rabah Mustapha Madjer (em árabe, رابح ماجر; Hussein Dey, 15 de dezembro de 1958) é um ex-futebolista e ex-técnico de futebol argelino.[1] Rabah Madjer foi considerado o melhor jogador argelino de todos os tempos, demonstrando ao mundo e muito particularmente aos europeus que os grandes jogadores não eram só europeus ou sul-americanos. Também é conhecido por a "Raposa de Ouro". Segundo muitas revistas de futebol, Rabah Madjer é a melhor lenda esquecida da Europa. BiografiaJogadorMadjer nasceu em Hussein Dey nos arredores de Argel, na então Argélia francesa. Aos 14 anos passou a jogar pelas escolas do Onalait d’Hussein-Dey. Dois anos depois estreou-se com a camisola do NA Hussein Dey, iniciando a sua carreira profissional. Em 1978 o clube vence a final da Taça da Argélia e qualifica-se para a Taça africana dos Vencedores das Taças. Se transferiu para o futebol francês, para o Racing de Paris, onde não se adaptou[2] e foi emprestado para o Tours, outro clube francês.[1] Chegou ao FC Porto em 1985 e estreou em 25 de outubro, no Estádio do Restelo, na vitória por 3×2 sobre o Belenenses, onde participou dos três gols do time.[3] Seus dois primeiros golos foram marcados 14 dias depois, no Estádio do Bessa.[3] Madjer foi Bola de Ouro Africano em 1987.[3] Em 1987, o FC Porto fez história e pela primeira vez chegou à final da Taça dos Campeões. Pela frente estava o Bayern München, um gigante do futebol europeu. Após uma primeira parte fraca dos azuis e brancos, o Bayern ganhava por 1×0 e todos acreditavam que o destino estava traçado. Sendo o momento mais alto da sua carreira quando aos 77 minutos uma jogada de Juary pela direita foi magistralmente finalizada por Madjer com um calcanhar “mágico”.[4][5] Como que não satisfeito com um dos mais belos golos de sempre, Madjer avança pelo lado esquerdo e centra para Juary fazer o 2×1, dois minutos depois. Ao todo, conquistou dez títulos no FC Porto: três Campeonatos nacionais (incluindo a temporada de estreia, em 1985/86), duas Taças de Portugal, duas Supertaças, uma Taça dos Campeões Europeus, uma Supertaça Europeia e uma Taça Intercontinental[6].[3] Jogou um ano emprestado pelo Valencia CF[7], mas não fez o mesmo sucesso e voltou para os Dragões, em seguida se transferiu para Qatar.[1] Seleção NacionalRabah Madjer torna-se fundamental na caminhada da Argélia para o Mundial de Espanha em 1982[8] ao apontar o último golo da vitória por 2×1 sobre a Nigéria, que confirmou a primeira presença dos magrebinos num Campeonato do Mundo. Foi o autor de um golo na vitória da Argélia sobre a Alemanha Ocidental (2x1) na Copa do Mundo de 1982.[5] A Argélia surpreendeu e, por pouco, não foi para a segunda fase, sendo eliminada no saldo de gols.[4] Também esteve na Copa do Mundo de 1986[9][10][11][12], onde caíram na primeira fase com duas derrotas e um empate.[4] Em 1990, Madjer liderou a Argélia na conquista de seu único título da Copa Africana de Nações, batendo a Nigéria por 1 a 0.[4] Já havia feito outras ótimas boas campanhas na competição, como vice-campeão em 1980, terceiro colocado em 1984 e 1988 e quarto colocado em 1982.[5] Foi internacional pela Argélia durante 14 anos, desde 1978 a 1992[5], fazendo 40 golos em 87 internacionalizações. TreinadorIniciou a carreira de técnico, começando pela seleção de seu país em 1993, mas brigas com a federação local e a perda da vaga na Copa de 1994 forçaram a sua saída, em 1995.[4][5] Foi treinador dos juniores do FC Porto.[3] Depois, ainda voltou rapidamente em 1999.[5][13] Também comandou a equipe entre 2001 e 2002[13], sendo demitido após a péssima atuação na Copa Africana, onde a Argélia foi eliminada na fase de grupos.[5][8] Em outubro de 2017, voltou ao comando da Seleção Nacional.[5][8][13] Outros trabalhosTrabalhou como comentarista da TV Al Jazeera.[4] TítulosInternacionais
NacionaisPrêmios individuais
Artilharias
Referências
Ligações externasReferências
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