Religião no Reino Unido
A Religião no Reino Unido é uma das mais antigas manifestações religiosas do mundo ocidental, tendo origem há cerca de 1.400 anos - quando da chegada dos primeiros missionários cristãos. Desde então, o Cristianismo têm sido a maior e mais influente denominação religiosa no país; através de suas duas correntes principais: o Anglicanismo e o Catolicismo Romano. Mais recentemente, o aumento das taxas de imigração, resultou na incorporação de novas doutrinas por grande parte dos britânicos. O Tratado de União, que levou à formação do Reino Unido assegurou que haveria uma sucessão protestante, bem como uma ligação entre a Igreja e o Estado, que ainda permanece. O cristianismo é a maior religião, seguido pelo islamismo, hinduísmo, siquismo e judaísmo em termos de número de adeptos. No censo de 2011, 59,5% dos entrevistados disseram que o cristianismo era a sua religião, no entanto, um estudo da Tearfund mostrou que apenas um em cada dez britânicos realmente frequentam a igreja semanalmente.[4] Cerca de 16 milhões de pessoas (25% da população do Reino Unido) afirmaram não ter religião, com mais 4,3 milhões (7% da população do Reino Unido) não indicando uma preferência religiosa.[5][1][2][3] Entre 2004 e 2008, o Office for National Statistics informou que o número de cristãos na Grã-Bretanha (em vez do Reino Unido como um todo) caiu em mais de 2 milhões de pessoas.[6] A religião do Estado da Inglaterra é a Igreja Anglicana, cuja soberania está assegurada pelo Monarca, e o chefe da igreja é o Arcebispo da Cantuária, entretanto, a Igreja Católica é a segunda maior religião da Inglaterra, cuja soberania está assegurada pelo Papa. Em contrapartida, a Igreja Presbiteriana é a religião oficial (mas não do Estado) da Escócia, um dos países que compõem o Reino Unido. A Igreja Batista, Igreja Metodista e Igreja Adventista também se professam, assim como o Islamismo, e o Judaísmo, formando o conjunto mais numeroso. A lei britânica assegura a liberdade de culto, ainda que algumas nações constituintes aceitem uma religião como oficial; e outras (como Irlanda do Norte e País de Gales) declarem-se estados aconfessionais ou laicos. Por paísInglaterraEscóciaO maior grupo religioso na Escócia é o protestantismo, embora haja outros grupos presentes como o Catolicismo Romano. A Escócia desempenhou um grande papel na reforma protestante do que qualquer outra nação no Reino Unido. John Knox é creditado com a introdução da Reforma na Escócia. Knox provocou a Reforma Escocesa em 1560, quando começou a pregar sobre o Protestantismo a grandes grupos de pessoas em todo o país.[7] Mais tarde, a Escócia se envolveu na Guerra Civil inglesa quando Charles I ameaçou a Igreja Presbiteriana do país.[8] País de GalesPaís de Gales tornou-se parte da Inglaterra quando a Dinastia Tudor conquistou a nação.[9] O religioso e as histórias políticas do País de Gales e da Inglaterra estavam intimamente ligadas durante o reinado dos monarcas Tudor, e o impacto do protestantismo em ambas as nações era semelhante. Em 1588,William Morgan (tradutor da Bíblia) publicou a bíblia em Galês que é a única língua não-estatal em que toda a Bíblia foi publicada durante a Reforma Protestante.[10] Para a maior parte, os católicos fiéis tornaram mais difícil o protestantismo avançar no país. No entanto, os protestantes e os não conformistas ainda compõem o maior grupo religioso no País de Gales.[10] Outros grupos como Católicos romanos e muçulmanos também estão presentes porém o Anglicanismo continua a ser a religião predominante no país. Irlanda do NorteEmbora a Irlanda do Norte tenha mais protestantes do que a República da Irlanda, ainda manteve um maior número de católicos do que outras nações no Reino Unido. A Igreja Presbiteriana na Irlanda e a Igreja da Escócia foram intimamente ligadas no passado.[11] No Reino Unido a Irlanda do Norte é o país que possui o maior numero de católicos. Grupos religiososCristianismoO que desde 1707 compõe Reino Unido era formado por nações independentes e, como consequência, grande parte das denominações cristãs não possuem uma estrutura a nível nacional britânico. Enquanto algumas mantêm estruturas individuais para cada país constituinte do Reino Unido, outras mantiveram uma estrutura única "supranacional" ao longo dos séculos. O mesmo ocorreu em 1921, com a criação da Irlanda do Norte, que tem suas organizações religiosas vinculadas ainda às da Irlanda. O Cristianismo foi difundido pelos romanos em algumas regiões de Inglaterra e Escócia. Após a invasão dos anglo-saxões no século V, as autoridades da Igreja romana reenviaram missionários com o fim de ampliar a fé cristã em todo o território conhecido. Com isso chegaram a atual Irlanda. A Igreja Católica permaneceu como religião majoritária durante a Idade Média e até metade da Idade Moderna, período em que Henrique VIII rompe oficialmente com a autoridade papal e estabelece uma igreja nacional. A União Batista da Grã-Bretanha foi fundada por 45 igrejas Batistas Reformadas em 1813 em Londres.[12] O maior grupo religioso na Inglaterra é o cristianismo, com a Igreja da Inglaterra (anglicana) sendo a Igreja Estatal,[13] a igreja mantém uma representação no Parlamento do Reino Unido e o monarca britânico é um membro da igreja (nos termos do artigo 2º da Tratado de União), bem como o Governador Supremo.[14] A Igreja de Inglaterra também se reserva ao direito de elaborar medidas legislativas (relacionadas à administração religiosa) através do "Sínodo Geral", que pode então ser transformado em lei pelo Parlamento.[15] A Igreja Católica Romana na Inglaterra e no País de Gales é a segunda maior igreja cristã.[16] Há também um número crescente de ortodoxos, protestantes e pentecostais, sendo que as igrejas pentecostais na Inglaterra passaram ao terceiro lugar, atrás da Igreja Anglicana e da Igreja Católica Romana, em termos de frequência à igreja.[17] O maior grupo religioso na Escócia é também o cristianismo, embora a Igreja da Escócia (conhecida informalmente como The Kirk), é reconhecida como a igreja nacional.[18] Ela não está sujeito ao controle do Estado e o monarca britânico é um membro ordinário, obrigado a fazer um juramento de "manter e preservar a religião protestante e a Igreja Presbiteriana do Governo" no momento de sua adesão ao poder.[19] A Igreja Católica na Escócia, é a segunda maior igreja cristã da Escócia, o que representa um sexto da população.[20] Há também a Igreja Episcopal Escocesa, que faz parte da Comunhão Anglicana.[21] A Igreja no País de Gales é secular, mas permanece na Comunhão Anglicana. A União Batista de Gales, a Metodista e a Igreja Presbiteriana do País de Gales estão presentes em Gales também. Os principais grupos religiosos na Irlanda do Norte são organizados na mesma base do restante da Irlanda.[22] Embora os protestantes e anglicanos juntos sejam a maioria em geral,[23] a Igreja Católica da Irlanda é a maior denominação. A Igreja Presbiteriana na Irlanda é a segunda maior igreja, seguida pela Igreja da Irlanda (anglicana). Outros grupos cristãos de grande expressão no país são os Congregacionalistas, Quakers e Metodistas. Sendo que no Reino Unido foi originado do Movimento de Santidade que se propagou pelas denominações na América e provocou uma reformulação em suas doutrinas. JudaísmoEm 1753, o Parlamento permitiu a naturalização de judeus residentes no país. Nos anos seguintes este grupo religioso foi gradualmente conquistando maior liberdade de expressão, a iniciar-se com a graduação de um judeu não identificado na Universidade de Glascow em 1787 e a elevação de Sir Isaac Goldsmid a barão em 1841. Em 1958, o banqueiro Lionel de Rothschild foi admitido na Câmara dos Comuns, cessando a restrição aos cristãos que nesta imperava. Com cerca de 263.000 britânicos de ascendência judaica, o Reino Unido é a quinta maior comunidade de judeus no mundo (sendo superado somente por Estados Unidos, França e Canadá). Deve-se observar que estas estatísticas não incluem o quantitativo de judeus somente por etnia. OutrosNo censo de 2001, havia 1 536 015 muçulmanos na Inglaterra e no País de Gales,[24] respondendo por 3% da população. Os muçulmanos na Escócia são 42 557 pessoas, representando 0,84% da população.[25] Segundo uma estimativa do Inquérito ao Emprego, o número total de muçulmanos na Grã-Bretanha em 2008 era 2 422 000, cerca de 4% da população total.[6] Havia mais 1 943 muçulmanos na Irlanda do Norte em 2001.[26] Mais de um milhão de pessoas seguem religiões de origem indiana: 560 000 são hindus, 340 000 são sikhs e cerca de 150 000 praticam o budismo.[27] Leicester tem um dos poucos templos Jaina do mundo que estão fora da Índia.[28] O número de judeus britânicos é 300 000 pessoas. O Reino Unido tem a quinta maior comunidade judaica em todo o mundo.[29] Ver tambémReferências
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