Imperatriz Leopoldinense foi a campeã do Grupo Especial, conquistando seu sexto título no carnaval carioca. A escola realizou um desfile sobre a missão de pintores holandeses no Brasil do século XVII. O enredo "Brasil, Mostra a Sua Cara em... Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae" foi desenvolvido pela carnavalesca Rosa Magalhães, que conquistou seu quarto título no carnaval do Rio. O campeonato surpreendeu os próprios torcedores da escola. Durante a apuração das notas, poucos torcedores ocupavam a quadra da agremiação.[1] A vitória consagrou o "carnaval de resultados" da escola, com desfiles sem erros técnicos, mas que não empolgam o público.[2] No desfile das campeãs, a escola recebeu vaias das arquibancadas.[3]
Uma das campeãs do ano anterior, a Beija-Flor ficou com o vice-campeonato por meio ponto de diferença para a campeã. A escola apresentou um desfile sobre a cidade mineira de Araxá. Recém promovidas ao Grupo Especial, após conquistarem, respectivamente, o campeonato e o vice-campeonato do Grupo A de 1998, Império Serrano e São Clemente foram rebaixadas de volta à segunda divisão.[4]
Seguindo o regulamento do ano, as campeãs de 1998 (Beija-Flor e Estação Primeira de Mangueira) puderam escolher dia e posição de desfile.[10] A primeira noite de apresentações foi aberta pela vice-campeã do Grupo A do ano anterior, São Clemente. A ordem de desfile das demais escolas foi definida através de sorteio realizado no dia 15 de junho de 1998, na quadra da Mangueira.[11] Previamente, o Império Serrano abriria a segunda noite, mas a escola trocou de posição com a Tradição. A Caprichosos de Pilares foi sorteada para encerrar a segunda noite, mas trocou de posição com a Imperatriz Leopoldinense.[12]
A fim de se evitar outro empate na primeira colocação, como ocorreu no ano anterior, a LIESA promoveu mudanças no julgamento do concurso. A quantidade de julgadores diminuiu para três em cada quesito, ante cinco do ano anterior. Os três julgadores de cada quesito foram sorteados de um grupo de cinco previamente selecionados. O sorteio foi realizado uma hora antes do início do desfile de domingo. Foram mantidos os nove quesitos do ano anterior.[4][13][14]
A apuração do resultado foi realizada na tarde da quarta-feira de cinzas, dia 17 de fevereiro de 1999, na Praça da Apoteose.[13][15] As notas variam de cinco a dez, podendo ser fracionadas em meio ponto. Nenhuma nota foi descartada, diferente do ano anterior, quando a menor e a maior eram anuladas. O desempate entre agremiações que obtiveram a mesma pontuação final seguiu a ordem inversa de leitura das notas, sendo Bateria, o primeiro quesito de desempate.[16][14] A julgadora Maysa Chebabi, do quesito Comissão de Frente, esqueceu de dar nota à Imperatriz Leopoldinense. Conforme determinava o regulamento, foi repetida a maior das outras duas notas recebidas pela escola no quesito. Após a apuração, a julgadora declarou que esqueceu de escrever a nota, mas que daria nota máxima.[17][18]
Legenda: Campeã Rebaixadas J1 Julgador 1 J2 Julgador 2 J3 Julgador 3 * Repetida a maior nota do quesito
A Imperatriz Leopoldinense conquistou seu sexto título de campeã do carnaval carioca. Última escola a se apresentar, a Imperatriz realizou um desfile sobre a missão de pintores holandeses no Brasil do século XVII, durante o governo de Maurício de Nassau em Pernambuco, para catalogar a natureza do país. Os resultados foram publicados em diversos volumes intitulados "Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae" (Teatro das coisas naturais do Brasil).[19][20] O enredo "Brasil, Mostra a Sua Cara em... Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae" foi desenvolvido pela carnavalesca Rosa Magalhães, que conquistou seu quarto título no carnaval do Rio. O campeonato surpreendeu os próprios torcedores da escola. Durante a apuração das notas, poucos torcedores ocupavam a quadra da agremiação.[1][21] A vitória consagrou novamente o "carnaval de resultados" da escola, com desfiles sem erros técnicos, mas também, sem empolgar o público.[2][22][23]
Uma das campeãs do ano anterior, a Beija-Flor ficou com o vice-campeonato de 1999 por meio ponto de diferença para a campeã. A escola realizou um desfile sobre a cidade mineira de Araxá.[24][25] Terceira colocada, a Unidos do Viradouro homenageou a combatente catarinense Anita Garibaldi.[26][27]Mocidade Independente de Padre Miguel se classificou em quarto lugar prestando um tributo ao maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, morto em 1959.[28][29]Acadêmicos do Salgueiro e Acadêmicos do Grande Rio somaram a mesma pontuação final. O desempate, no quesito bateria, deu ao Salgueiro a última vaga do Desfile das Campeãs. Quinta colocada, a escola realizou um desfile sobre os quatrocentos anos do município de Natal.[30][31] A Grande Rio ficou em sexto lugar homenageando o empresário e jornalista Assis Chateaubriand, falecido em 1968.[32][33] Campeã no ano anterior, a Estação Primeira de Mangueira se classificou em sétimo lugar com um desfile sobre o samba.[34] Um dos destaques da apresentação foi a comissão de frente coreografada por Carlinhos de Jesus, em que integrantes fielmente caracterizados, interpretavam sambistas falecidos, como Cartola, Clara Nunes, Noel Rosa, Carmen Miranda, entre outros.[35][4]
Com um desfile sobre o estado de Minas Gerais, a Portela obteve a oitava colocação.[36][37] Nona colocada, a Caprichosos de Pilares homenageou o cirurgião Ivo Pitanguy, que participou do desfile.[38][39] A União da Ilha do Governador homenageou o jornalista Barbosa Lima Sobrinho, se classificando em décimo lugar. Aos 102 anos, Barbosa foi proibido de desfilar pelos médicos.[40] Com um desfile sobre a cidade de João Pessoa, a Unidos de Vila Isabel obteve o décimo primeiro lugar.[41][42] Tradição foi a décima segunda colocada com um desfile sobre o bairro carioca de Jacarepaguá. De volta ao Grupo Especial, após vencer o Grupo A de 1998, o Império Serrano foi rebaixado de volta para a segunda divisão. A escola apresentou um desfile sobre os brasileiros que residem em Nova York. Também recém promovida à primeira divisão, após conquistar o vice-campeonato do Grupo A de 1998, a São Clemente obteve o último lugar, sendo rebaixada de volta à segunda divisão. A escola prestou um tributo ao político e escritor Ruy Barbosa, falecido em 1923.[43][44]
Legenda: Desfile das Campeãs Rebaixadas para o Grupo A
O Desfile das Campeãs foi realizado a partir das 20 horas e 15 minutos do sábado, dia 20 de fevereiro de 1999, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. A escola de samba italiana Cento Carnavalle d'Europa, da cidade de Cento, desfilou como convidada. A campeã, Imperatriz Leopoldinense, recebeu vaias durante sua apresentação.[3][47][48] Compositores da Unidos da Tijuca reivindicaram o pagamento de direitos autorais sobre a execução do samba da escola, que não foi pago porque as agremiações do grupo de acesso desfilavam como convidadas. Após o imbróglio, ficou decidido que, a partir do ano seguinte, apenas as escolas do Grupo Especial participariam do Desfile das Campeãs.[49]
Unidos da Villa Rica e Em Cima da Hora perderam dois pontos, cada uma, por infringirem itens do regulamento. Abaixo, a tabela com o somatório das notas de cada escola, em cada quesito.[52][53]
Unidos da Tijuca foi a campeã com nota máxima de todos os julgadores. Com a vitória, a escola garantiu seu retorno ao Grupo Especial, de onde foi rebaixada no ano anterior. A Tijuca realizou um desfile sobre os índios, abordando seus costumes e tradições e sua relação com a natureza desde antes da descoberta do Brasil.[4] A escola foi saudada pelo público com gritos de "é campeã" e apontada como favorita pela imprensa.[54][55] Vice-campeã, a Unidos do Porto da Pedra também foi promovida à primeira divisão, de onde foi rebaixada no ano anterior. A escola realizou um desfile sobre o carnaval.[56] Últimas colocadas, Unidos da Ponte e Unidos da Villa Rica foram rebaixadas para a terceira divisão.[5][57][58]
Legenda: Promovidas ao Grupo Especial / Desfile das Campeãs Rebaixadas para o Grupo A
O desfile do Grupo B (terceira divisão) foi organizado pela AESCRJ e realizado a partir da noite da terça-feira, dia 16 de fevereiro de 1999, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.[7][59]
O desfile do Grupo C (quarta divisão) foi organizado pela AESCRJ e realizado a partir da noite do domingo, dia 14 de fevereiro de 1999, na Avenida Rio Branco.[7]
Todas as escolas receberam cinco pontos de bonificação. Unidos do Anil, Mocidade Independente de Inhaúma, Alegria da Zona Sul e Mocidade Unida de Jacarepaguá perderam cinco pontos, cada uma, por infringirem itens do regulamento. O desempate entre agremiações que obtiveram a mesma pontuação final seguiu a ordem inversa de leitura das notas. Abaixo, a tabela com o somatório das notas de cada escola, em cada quesito.[61]
O desfile do Grupo D (quinta divisão) foi organizado pela AESCRJ e realizado a partir da noite da segunda-feira, dia 15 de fevereiro de 1999, na Rua Cardoso de Morais, em Bonsucesso.[7][62]
O desfile do Grupo E (sexta divisão) foi organizado pela AESCRJ e realizado a partir da noite da terça-feira, dia 16 de fevereiro de 1999, na Rua Cardoso de Morais.[7][64]
Com exceção de Unidos do Cabral e Unidos do Uraiti, todas as demais escolas receberam cinco pontos de bonificação. Abaixo, a tabela com o somatório das notas de cada escola, em cada quesito.[65]
O desfile foi realizado a partir das 20 horas do sábado, dia 13 de fevereiro de 1999, na Rua Cardoso de Moraes, em Bonsucesso. Cada bloco teve cinquenta minutos para se apresentar.[66]Bloco do China foi o campeão, sendo promovido ao Grupo 1 junto com Unidos da Fronteira e Magnatas de Engenheiro Pedreira.[6]
Legenda: Promovidos ao Grupo 1 Rebaixados para o Grupo 3
Bastos, João (2010). Acadêmicos, unidos e tantas mais - Entendendo os desfiles e como tudo começou 1.ª ed. Rio de Janeiro: Folha Seca. 248 páginas. ISBN978-85-87199-17-1
Gomes, Fábio; Villares, Stella (2008). O Brasil É Um Luxo: Trinta Carnavais de Joãosinho Trinta 3.ª ed. São Paulo: CBPC - Centro Brasileiro de Produção Cultural Ltda. e AXIS Produções e Comunicação Ltda. 256 páginas. ISBN978-85-87134-04-2
Gomyde Brasil, Pérsio (2015). Da Candelária à Apoteose - Quatro décadas de paixão 3.ª ed. Rio de Janeiro: Multifoco. ISBN978-85-7961-102-5
Mello, Marcelo de (2018). Por Que Perdeu? Dez Desfiles Derrotados Que Fizeram História 1.ª ed. Rio de Janeiro: Record. ISBN978-85-01-11264-4
Valença, Rachel; Valença, Suetônio (2017). Serra, Serrinha, Serrano - O Império do Samba 1.ª ed. Rio de Janeiro: Record. 433 páginas. ISBN978-85-0110-897-5