Sofia Tolstoi
Condessa Sofia Tolstói, cujo nome completo transliterado do russo para o inglês é Sophia Andreyevna Tolstaya (antes Behrs) (em russo: Со́фья Андре́евна Толста́я), ou para o alemão Sofja Andrejewna Tolstaja, também conhecida em inglês como Sophia Tolstoy; 22 de agosto de 1844 – 4 de novembro de 1919), foi esposa do escritor russo Leon Tolstói. Biografia![]() Sofia foi uma das três filhas do médico Andrey Evstafievich Behrs (1808-1868) com a esposa Liubov Alexandrovna Behrs, antes Islavinoy (1826-1886). Ela foi apresentada a Leon Tolstói em 1862, quando estava na idade de 18 anos. Com 34, Tolstói era 16 anos mais velho. Em 17 de setembro de 1862 o casal ficou oficialmente noivo após proposta de casamento por escrito feita por Tolstói[1] e o matrimônio foi realizado em Moscou, uma semana depois.[2] À época do casamento, Tolstói era melhor conhecido como novelista após a publicação de Os Cossacos. Na véspera da cerimônia, Tolstói deu a Sofia seus diários com detalhes de relações sexuais com mulheres serviçais. Em Ana Karenina, Constantine Levin, um personagem de 34 anos semi-autobiográfico, age de forma parecida pedindo à noiva de 19 anos Kitty para ler seus diários e saber sobre suas transgressões passadas. No diário consta o fato de que Tolstói era pai de uma criança cuja mãe continuava a morar em Iasnaia Poliana, propriedade rural do escritor. Em Sonya de Anne Edward, é descrito o profundo temor de Sofia sobre Tolstói voltar a se relacionar com a mulher. ![]() Os Tolstói tiveram 13 filhos, sendo que oito sobreviveram à infância.[3] A família era próspera e o escritor administrava com eficiência a propriedade além dos direitos recebidos por seus escritos. Sofia era devotada ao marido e ao trabalho literário dele. Ela foi copista de Guerra e Paz, reescrevendo o manuscrito sete vezes.[2] Em 1887, Sofia se interessou por fotografia.[4] Ela tirou centenas de fotos que documentaram sua vida matrimonial além do declínio da Rússia Czarista.[5] Ela foi cronista e documentarista da vida com Leon Tolstói e uma série de cadernos seus foram publicados com tradução para o inglês, na década de 1980.[6] Sofia escreveu também suas memórias, com o título My Life.[7] ![]() Após muitos anos de atritos e crescentes crises no casamento devido a vontade de Tolstói de doar sua propriedade[8] o escritor deixou Sofia de forma abrupta em 1910, aos 82 anos de idade, acompanhado de seu médico, Dushan Makovicki (Dušan Makovický), e da filha Alexandra. Tolstói morreu dez dias depois numa estação ferroviária, com Sofia sendo mantida longe dele (como mostrado no filme The Last Station).[4] Em seguida à morte do marido, Sofia continuou a morar em Iasnaia Poliana e sobreviveu aos conflitos da Revolução Russa de 1917 relativamente bem. Ela faleceu em 1919. Com o recente aumento do interesse em Sofia Tolstói, agumas novas biografias foram publicadas, baseadas nas memórias e nos diários:
Trabalhos![]()
Bibliografia
Cultura popularSofia Tolstói foi interpretada por Helen Mirren em 2009 no filme biográfico The Last Station , baseado em novela homônima de 1990 de autoria de Jay Parini,[9] sendo que o papel do marido foi de Christopher Plummer. Ambos os atores foram indicados ao Academy Award nas respectivas categorias de melhores intérpretes. A vida de Sofia foi também serializada em agosto de 2010 em um programa de rádio da BBC - Rádio 4, 'A Simple Life'. Referências
Ligações externas
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