Vimioso
Vimioso é uma vila raiana portuguesa localizada na sub-região das Terras de Trás-os-Montes, pertencendo à região do Norte e ao distrito de Bragança. É sede do Município de Vimioso que tem uma área total de 481,59 km2[2], 4.149 habitantes[3] em 2021 e uma densidade populacional de 8 habitantes por km2, subdividido em 10 freguesias[4]. O município é limitado a norte pela região espanhola de Castela e Leão, a leste pelo município de Miranda do Douro, a sul por Mogadouro, a sudoeste por Macedo de Cavaleiros e a oeste e noroeste por Bragança. FreguesiasFreguesias atuaisO município de Vimioso está dividido em 10 freguesias:[5]
Freguesias anexadasAté à reforma administrativa de 2013, o município estava dividido em 14 freguesias.[5] Outras aldeias das várias freguesias
Aspectos geográficosO município de Vimioso, situa-se no planalto mirandês e faz parte da Terra Fria transmontana que também inclui os municípios de Miranda do Douro, Bragança e Vinhais. É um município acidentado, atravessado pelos vales profundos dos rios Angueira, Maçãs e Sabor. EconomiaVimioso é um município agropecuário, dedicado à criação de gado bovino (raça mirandesa) e suíno e ao cultivo dos cereais (centeio, cevada, milho, trigo), da oliveira, da vinha, da batata e de hortaliças (abóbora, couve, feijão etc.). Outrora importante, a criação de gado caprino e ovino está hoje em declínio. No município existem minas de mármore, em Santo Adrião, e de volfrâmio, em Argozelo. A indústria está representada por empresas de construção civil e serralharias. HistóriaHá indícios de povoamento pré-histórico em vários locais e castros existentes no termo de várias freguesias do concelho (Atalaia de Vimioso, Pereiras, castro da 'Batoqueira, castro da Terronha etc.). Com outros da região (Bragança, Outeiro, Miranda do Douro, Mogadouro, Penas Roias), os castelos de Algoso e Vimioso fizeram parte da linha de defesa da fronteira oriental do reino. Em Vimioso, além do castelo destruído no século XVIII, existia a torre da Atalaia de que ainda restam vestígios. Símbolos do direito de exercer justiça, foram erguidos pelourinhos em Algoso, à frente da Câmara e em Vimioso, à frente do antigo castelo. Em 1492, o concelho viu chegar grande afluência de judeus expulsos dos reinos de Leão e Castela. Depois de acamparem num local que conservou o nome de Cabanas, entre as actuais povoações de Caçarelhos e Vimioso, os judeus foram autorizados a estabelecerem-se em várias aldeias e vilas da região (Argozelo, Carção, Vimioso, etc.). Convertidos à força à religião católica, constituíram nessas localidades comunidades importantes que pouco se misturaram com o resto da população até meados do século XX. Os judeus – assim chamados até hoje – distinguiam-se dos lavradores pelos ofícios exercidos, ligados ao artesanato e comércio. O século XVI e o início do século XVII constituíram um período de prosperidade para Vimioso e outras terras do Nordeste transmontano (Miranda do Douro, Outeiro, etc.). Em 1516, Vimioso foi elevada a vila por foral do rei D. Manuel. Com as reformas administrativas do século XIX, o concelho de Vimioso cresceu incorporando o extinto concelho de Pinelo e parte dos de Algoso (freguesias de Algoso e Matela), Miranda do Douro (freguesia de Caçarelhos) e Outeiro (freguesias de Argozelo e Santulhão). Durante todo o século XX, vários surtos migratórios levaram grande parte da população para o Brasil – até à década de 1960 – e para a Europa (principalmente para França), provocando a desertificação do município. Demografia★ Os Recenseamentos Gerais da população portuguesa, regendo-se pelas orientações do Congresso Internacional de Estatística de Bruxelas de 1853, tiveram lugar a partir de 1864, encontrando-se disponíveis para consulta no site do Instituto Nacional de Estatística (INE). A população registada nos censos foi:[7]
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente) Excepto as freguesias de Vimioso e Argozelo, que concentram os serviços (administração, bancos, comércios etc.), Vimioso é um município rural cuja população exerce atividades essencialmente agrícolas. A emigração e o êxodo rural para Bragança e para as metrópoles do litoral (Porto, Lisboa), explicam a desertificação dramática da região. A população do município é hoje principalmente constituída de idosos. Em duas aldeias deste município, Angueira e Vilar Seco, fala-se o mirandês. Há ainda registo de falantes em Caçarelhos, mas pensa-se que ali terá deixado de se usar generalizadamente nas últimas décadas. A taxa de natalidade é bastante baixa no município. Em 2013 nasceram 40 crianças, em 2014 19 e em 2015 houve 26 nascimentos.[9] A partir da segunda metade da década de 2010, o município apresentou ténues sinais de rejuvenescimento, tendo aumentado o número de jovens entre os 0 e 14 anos de 405 em 2011 para 417 em 2018, mas o número desceu para 296 em 2021. EnsinoEnsino Pré-Escolar
Ensino Primário
Ensino de 2º e 3º Ciclo
PolíticaEleições autárquicas [10]
Eleições legislativas
PatrimónioApesar das guerras e vicissitudes da História, o município apresenta um património arquitectónico de que fazem parte:
ArtesanatoCestaria, tecelagem, cobres, colchas, curtumes, cantarias (granito) e mármores. Feiras
Festas principais
Acessos
Referências
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