Como historiador investigou sobretudo os séculos XV e XVI e como escritor projectou uma trilogia dramática que resumisse a história de Portugal, da qual veio apenas a publicar o drama em verso intitulado Afonso de Albuquerque, em 1886, e o auto dramático Portugal Sebastianista, em 1909. A sua vida e obra foi marcada pelas ideias krausistas.
Biografia
Nascido no Porto, numa abastada família dedicada ao negócio de vinhos, Costa Lobo frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, concluindo os estudos em 1864 com a dissertação »O Estado e a liberdade de associação».
Exercendo a magistratura, foi accionista de várias companhias, como a Companhia Geral do Crédito Predial Português, sócio de associações como a Sociedade das Casas de Asilo da Infância Desvalida de Lisboa.
Além de historiador, até ao fim da Monarquia, foi membro da Câmara dos Pares, dignidade em que sucedeu a seu pai. Em 1892 assumiu a pasta dos Negócios Estrangeiros e pertenceu ao Conselho de D. Manuel II de Portugal, tendo honras de ministro de Estado honorário. Ao longo deste percurso foi agraciado com várias condecorações[2].
Obras publicadas
1864 - O Estado e a Liberdade de Associação
1877 - Memorias de um soldado da India compiladas de um Manuscripto Portuguez do Museu Britannico
1886 - Afonso de Albuquerque
1893 - Descargo da Minha Responsabilidade de Ministro
1903 - História da Sociedade em Portugal no Século XV[3]
Foi ainda tradutor e prefaciador de Sátiras, de Juvenal (1878-81), e editor literário do poema «Joaneida», de frei João Evangelista Xavier, que deixou inédito[5].