A Casa de Munsö - também apelidada de Casa de Biorno Flanco de Ferro, Casa de Uppsala, Casa do Rei Biorno ou simplesmente de Velha Dinastia (gamla kungaätten) - é o nome de uma dinastia suecaproto-histórica, deduzida a partir de várias listas, com diferenças e incompatibilidades, até agora irreconciliáveis.
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Seus membros mais antigos do século VIII ou do IX são lendários, enquanto seus últimos descendentes dos séculos X e XI são históricos. Munsö é uma ilha do lago Mälaren, onde existe um monte funerário - o Björnshögen, no qual, segundo a lenda, está sepultado o rei Biorno Flanco de Ferro, lendário fundador desta dinastia.[5]
A Saga de Hervör contem informação sobre esta dinastia, abrangendo cerca de dez gerações.[6] Embora alguns dos reis do século IX sejam considerados históricos, a historiografia moderna sueca começa com o último rei do século XÉrico, o Vitorioso.[2] O rei Björn, o Constipado, que foi o pai de Érico, o Vitorioso, de acordo com as sagas, não é aceito como histórico pelos historiadores críticos,[7] diferente do rei do século X chamado Emund Eriksson que aparece no trabalho de Adão de Brema.[8]
Reis da lendária Dinastia de Munsö
A fonte principal desta lista - tão aproximada quanto possível - é um anexo à Saga de Hervör. Alguns dos reis citados não estão todavia nessa saga, mas aparecem em outra fontes, como por exemplo o Registrum Upsaliense. Nesta época, os reis dos suíones eram eleitos, o que conduzia por vezes a haver mais do que um monarca simultaneamente, pormenor esse que é frequentemente ignorado pelos documentos referentes ao assunto. As várias tentativas de harmonização destas diferentes listas não tiveram êxito até agora.[9][10]
NOTA - Na historiografia sueca, a "Dinastia de Munsö" (Munsöätten) abrange uma série inicial de reis lendários, sem base histórica, e acaba com quatro reis com base histórica (Erik Segersäll, Olof Skötkonung, Anund Jakob e Emund den gamle).
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Por esse motivo, é frequente esses quatro monarcas históricos serem apontados como constituindo uma dinastia própria - a "Dinastia de Erik Segersäll" (Erik Segersälls ätt).
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O Museu Histórico de Estocolmo, publica uma lista dos reis da Suécia (Regentlängd), agrupados em dinastias (ätt), a qual é encabeçada pela "Dinastia de Munsö" (Munsöätten), compreendendo apenas os citados quatro reis históricos.
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Árvore genealógica da Casa de Munsö segundo a Saga de Hervör
↑ abHadenius, Stig; Nilsson, Torbjörn; Åselius, Gunnar (1996) Sveriges historia: vad varje svensk bör veta. Bonnier Alba, Borås. ISBN 91-34-51857-6 p. 88
↑Annelie Andersson. «Högstadiets läroböcker i historia om medeltiden - En studie för åren 1921-2003»(PDF) (em sueco). Karlstads universitet. Consultado em 19 de janeiro de 2024. Kapitlet börjar med att berätta om hur Sverige blev kristet (1060-1250) Den gamla kungaätten dog ut ca år 1060, den nya kungen som valdes hette Stenkil. Vid den här tiden säger man att medeltiden börjar och forntiden slutar.
↑Åberg, Alf (1978). «Birger Jarl och hans söner». Vår svenska historia (em sueco). Estocolmo: Natur och Kultur. p. 95. 560 páginas. ISBN91-27-01445-2. I mitten av 1000-talet utslocknade den gamla kungaätten i Sverige. Till ny kung valdes Stenkil… (Em meados do século XI, a antiga família real da Suécia foi extinta. Foi eleito um novo rei, Stenkil…)
↑Lagerqvist, Lars O. (1997). Sveriges Regenter, från forntid till nutid. Norstedts, Stockholm. ISBN 91-1-963882-5 p. 24
Ynglingaätten var nu utdöd sedan kanske 100 år. Det är naturligtvis möjligt, att de kungar över svearna som är omnämnda under 800-talet och av vilka några verkligen är historiska, också var släkt med dessa forntida härskare. I varje fall återkommer flera namn från sagotiden. Den förste härskaren Björn järnsida behöver vi inte acceptera som historisk. Han skall ha varit den förste av den nya ätten. Han härjade i utlandet. En storhög på Munsö i Mälaren blev i början av 1700-talet attribuerad till honom, säkert vad vi brukar kalla för en de lärdas antikvariernas spekulation. Men högen hette faktiskt "Biörne-backen" och liknande...
Tradução: A Casa dos Inglingos tinha sido extinta há talvez 100 anos. É naturalmente possível que os reis dos suíones que são mencionados durante o século IX, e de quem algo é realmente histórico, também estejam relacionados com estes antigos governantes. De qualquer forma, vários nomes regressam ao período legendário. O primeiro governante, Biorno, nós não precisamos aceitar como histórico. Supões-se que ele tenha sido o primeiro de sua dinastia. Ele fez pilhagens no exterior. Um monte em Munsö no Lago Malar foi atribuído a ele no começo do século XVIII, obviamente uma especulação de sábios antiquários. Mas este monte na verdade foi chamado "Encosta de Biorno" ou algo parecido...
↑Lagerqvist, Lars O. (1997). Sveriges Regenter, från forntid till nutid. Norstedts, Stockholm. ISBN 91-1-963882-5 p. 26
Näste kung skall ha hetat Björn. Inte heller denne accepteras av stränga historiker. Enligt Hervararsaga regerade han i länge, i 50 år, påstår Snorre.
Tradução: É dito que o rei seguinte foi chamado Björn. Nenhum até este rei é aceito pelos historiadores críticos. De acordo com a saga de Hervarar, ele governou por um longo tempo, por 50 anos, afirma Snorri.
↑Lagerqvist, Lars O. (1997). Sveriges Regenter, från forntid till nutid. Norstedts, Stockholm. ISBN 91-1-963882-5 p. 27
Ytterligare en kung får anses historiskt belagd, Emund Eriksson, som skall ha varit son till nyss nämnde Erik och väl var uppkallad efter sin farbror Emund.
Tradução: Outro rei deveria ser considerado historicamente atestado, Emund Eriksson, que supostamente teria sido o filho do antes mencionado Érico e que deveria ter sido listado após seu tio Emund.
↑Lagerqvist, Lars O (1997). «Forntid». Sveriges Regenter. Från forntid till nutid (em sueco). Estocolmo: Norstedts. p. 24-39. 440 páginas. ISBN91-1-963882-5
↑Henrikson, Alf; Björn Berg (1963). «Vikingatidens regentlängd». Svensk historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 70. 1062 páginas. ISBN91-0-055344-1A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
↑Svensson, Alex (2010). «Munsöätten». Sveriges Regenter. under 1000 år (em sueco). Estocolmo: Svenskt militärhistoriskt biblioteks förlag. p. 30-36. 159 páginas. ISBN9789185789696
↑Lagerquist, Lars O (1997). «Forntid». Sveriges Regenter. Från forntid till nutid (em sueco). Estocolmo: Norstedts. p. 39. 440 páginas. ISBN91-1-963882-5