Eleições estaduais na Bahia em 1986
As eleições estaduais na Bahia em 1986 aconteceram em 15 de novembro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 23 estados e nos territórios federais do Amapá e Roraima.[1] Foram eleitos o governador Waldir Pires, o vice-governador Nilo Coelho e os senadores Jutahy Magalhães e Ruy Bacelar, além de 39 deputados federais e 63 deputados estaduais.[nota 1] O triunfo do PMDB ocorreu num contexto onde a Bahia rompeu o ciclo de poder exercido por Antônio Carlos Magalhães no cenário político local a ponto de não apenas exercer o governo como indicar quais seriam os titulares, receita vigente desde 1970 e que só foi contrariada em 1974, quando o presidente Ernesto Geisel escolheu Roberto Santos como titular do Palácio de Ondina. Há quatro anos o PMDB foi derrotado na eleição para governador por João Durval Carneiro, que foi lançado como candidato após a morte de Clériston Andrade, ocorrida num acidente aéreo em Caatiba, o que levou o carlismo à vitória. Entretanto, tão logo notou o desgaste do Regime Militar de 1964, Magalhães aderiu à Nova República e entrou no PFL, mesmo tendo que conviver com adversários como Carlos Sant'Anna, Roberto Santos e Waldir Pires no ministério do Governo Sarney. Estimulado pela vitória de Mário Kertesz à prefeitura de Salvador em 1985, o PMDB aproximou-se de antigos carlistas para integrar a chapa liderada por Waldir Pires e recebeu políticos que apoiaram João Durval Carneiro em 1982: Nilo Coelho foi escolhido vice-governador e para concorrer na eleição de senador foram escolhidos Rui Bacelar e Jutahy Magalhães. Em sentido inverso, os pefelistas apresentaram como candidato um expoente do antigo MDB, o jurista Josaphat Marinho. Apoiado por dois terços dos eleitores, o advogado Waldir Pires tornou-se governador após uma carreira política iniciada em 1945, quando entrou na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, onde se formou.[2] Professor da Universidade Católica de Salvador e da Universidade de Brasília, foi secretário de Governo de Régis Pacheco, a quem seguiu no ingresso ao PSD, e delegado federal de Educação por escolha do ministro Antônio Balbino. Eleito deputado estadual em 1954 e deputado federal em 1958, foi derrotado por Lomanto Júnior ao disputar o governo em 1962 e a seguir foi nomeado consultor-geral da República pelo presidente João Goulart.[2] Cassado pelo Ato Institucional Número Um do Regime Militar de 1964, Pires partiu para o exílio no Uruguai e na França, onde lecionou em universidades até voltar ao Brasil em 1970. Em 1979 filiou-se ao MDB e depois ao PMDB, sendo derrotado por Luís Viana Filho na disputa para senador em 1982. Seu último cargo público foi o de Ministro da Previdência Social.[2] Seu mandato como governador teve fim em 14 de maio de 1989, quando renunciou para concorrer a vice-presidente na chapa de Ulysses Guimarães e foi sucedido por Nilo Coelho, político egresso do PDS. Resultado da eleição para governadorConforme o Tribunal Regional Eleitoral, foram apurados 3.995.363 votos nominais (87,74%), 362.677 votos em branco (7,97%) e 195.503 votos nulos (4,29%), resultando no comparecimento de 4.553.543 eleitores.
Eleito
Resultado da eleição para senadorDados fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral apontam que os votos válidos atingiram 6.611.730 eleitores (72,60%), com 2.150.999 votos em branco (23,62%) e 344.357 votos nulos (3,78%), somando 9.107.086 sufrágios.
Eleitos
Deputados federais eleitosSão relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados. Deputados estaduais eleitosEstavam em jogo 63 vagas na Assembleia Legislativa da Bahia.
Eleições municipaisCom a cassação da prefeita de Tanquinho, Josenilda Paim Pereira, foi realizada uma nova eleição e em seu lugar foi eleito o pecuarista Jovino Tavares, do PFL.[5] Notas
Referências
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