A Estação Santos–Imigrantes é uma das estações da Linha 2–Verde do Metrô de São Paulo. Foi inaugurada em 30 de março de 2006 e está localizada paralela ao Viaduto Saioá e perpendicular à Avenida Dr. Ricardo Jafet,[5] sendo a única estação de trem ou metrô localizada no distrito do Cursino. Uma das características é o estacionamento integrado, sendo assim, é possível se deslocar até a estação com seu veículo e, mediante pagamento da taxa de estacionamento (seu veículo pode ficar o tempo que desejar estacionado) o valor da passagem para o metrô já está incluso. Também há transporte gratuito partindo da estação em direção à São Paulo Expo, em dias de eventos.[6]
História
Após a primeira revisão do plano do consórcio HMD da rede do metrô em 1975, a Cia. do Metropolitano projetou a expansão da Linha Paulista entre a Freguesia do Ó e Vila Prudente, com sua expansão leste cruzando a Avenida Ricardo Jafet. Em 1980 o projeto da Linha Paulista foi detalhado, com a linha cruzando a Avenida Ricardo Jafet na altura da Rua Embuaçu. Ali ficaria localizada a futura estação Imigrantes. O prédio de acesso ocuparia parte da área incinerador do Ipiranga.[7]
A Linha Paulista teve seu projeto suspenso por falta de recursos até 1987, quando a Cia. do Metropolitano realizou novas contratações de estudos e projetos. Em 1991 foram contratadas as obras da estação, porém por falta de recursos o projeto acabou paralisado, embora as construtoras responsáveis Odebrecht e Queirós Galvão tenham recebido parte dos recursos contratuais em procedimento julgado mais tarde irregular pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.[8][9] O primeiro projeto da estação foi contratado apenas em 1994, sendo elaborado pela empresa Engeconsult.[10]
O projeto da estação Imigrantes foi retomado no final da década de 1990, com uma pequena modificação na localização da estação, que passou para o cruzamento da Avenida Ricardo Jafet com a Rua Saioá (240 metros ao norte da localização anteriormente prevista). As obras da estação foram iniciadas em 31 de março de 2004. Em agosto de 2005, cerca de 70 % de suas obras estavam concluídas e o governo do estado projetava sua inauguração para o primeiro semestre de 2006.[11][12] A estação Imigrantes foi inaugurada em 30 de março de 2006.[13]
Acessos
Há três acessos nesta estação:
Acesso pelo Viaduto Saioá (esta saída conta com elevador para deficientes);
É uma estação semielevada, com plataforma central, e que possui como principal característica, os pórticos metálicos que sustentam a cobertura.[5]
Possui capacidade de atender a uma demanda de até 20.000 passageiros por dia, e sua área construída é de 6.914m².[5]
Demanda média da estação
A estação Santos–Imigrantes tem em média, uma entrada de 12 mil passageiros, por dia, sendo igual ao número de entradas das estações Jardim São Paulo–Ayrton Senna e Carandiru, ambas da Linha 1–Azul.[14]
Obras de arte
A escultura "Esfera", do artista plástico Marcos Garrot, integra o acervo permanente de arte do Metrô e está instalada na área da plataforma da estação.[15]
Toponímia
Mudança de nome
Em 2007 o deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa propôs o projeto de lei estadual nº 136 que se destinava a alterar o nome da estação Jabaquara da Linha 1 do Metrô para "Santos-Jabaquara" para "homenagear" o Santos Futebol Clube, justificando que outros clubes de futebol tinham estações com nomes de clubes como Palmeiras–Barra Funda, Corinthians–Itaquera, São Paulo–Morumbi, Portuguesa–Tietê e Juventus–Mooca.[16] O projeto causou protestos dos moradores do Jabaquara que organizaram abaixo-assinados contrários a essa mudança por conta da estação Jabaquara ser a primeira estação de metrô do Brasil e do Santos Futebol Clube não possuir nenhuma ligação com o bairro.[17]
O deputado Barbosa retirou o projeto. Posteriormente o deputado Bruno Covas apresentou um projeto substitutivo transferindo a "homenagem" ao Santos Futebol Clube para a recém-inaugurada estação Imigrantes. Sem oposição, o projeto foi aprovado e a estação renomeada "Santos-Imigrantes".[18] No dia 4 de novembro de 2008, a estação foi rebatizada para Santos–Imigrantes, em uma cerimônia que contou com a presença de Pelé.[19]
Segundo um estudo divulgado na 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP) em 2016, o custo de alteração de nome de uma estação ferroviária intermediária como "Santos-Imigrantes" era de 620 mil reais (incluindo alterações das placas da estação, mapas de todos os trens, estações e terminais, alteração de mensagens sonoras pré-gravadas,etc), razão pela qual essas mudanças são evitadas pela Cia. do Metropolitano (que desde 1972 escolhe os nomes das estações após elaborar estudos toponímicos).[20]
↑Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos S. A. - EMTU/SP (1980). Terceira linha do metrô de São Paulo : estudo de viabilidade técnico-econômico-financeira. [S.l.]: Projeto Editores Associados. p. 59
↑Companhia do Metropolitano de São Paulo (25 de novembro de 1994). «Formalização de contratações». Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno: Ineditoriais , página 18Em falta ou vazio |url= (ajuda); |acessodata= requer |url= (ajuda)