Getúlio de Moura
Getúlio Barbosa de Moura (Itaguaí, 10 de junho de 1903 — 10 de julho de 1981), politicamente conhecido por Getúlio de Moura. Filho de Joaquim Mariano de Moura e de Amélia Barbosa de Moura[1]. Foi um citricultor, advogado e político brasileiro. BiografiaEstudou no Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1924 tornou-se funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil. Se formou na Faculdade Nacional de Direito em 1931. [1] Foi prefeito de Nova Iguaçu em dois períodos. Liderou, em Nova Iguaçu (RJ), a Revolução de 1930 e depôs o prefeito da cidade, assumindo o cargo. Tempos depois Getúlio de Moura desentendeu-se com o governo federal, a cidade foi ocupada por tropas do Exército e ele foi afastado do comando do município. Em 1931 foi anistiado pelo presidente Getúlio Vargas.[1] Pela União Progressista Fluminense foi eleito vereador de Nova Iguaçu e foi presidente da Câmara Municipal entre 1936 até novembro de 1937, ano em que o Estado Novo extinguiu o poder legislativo no país. Nesta eleição, por seu partido, Getúlio de Moura foi responsável por iniciar na política Tenório Cavalcante, que mais tarde tornaria-se seu adversário politico na região. Tenório acabou tornando-se vereador de Nova Iguaçu com seu apoio nesta eleição de 1936.[2] Pelo Partido Social Democrático (PSD) elegeu-se deputado federal em 1945 pelo estado do Rio de Janeiro. Reelegeu-se em 1950 e 1954, principalmente com os votos da Baixada Fluminense.[1] Em outubro de 1958, disputou o governo do estado do Rio de Janeiro, pelo Partido Social Democrático(PSD). Getúlio de Moura, apesar de apoiado por Amaral Peixoto - político de grande influência no estado do Rio de Janeiro na época -, foi derrotado no pleito pelo candidato do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Silveira.[3] No governo do presidente Juscelino Kubitschek foi presidente da Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Tornou-se, em 1961, no governo de Celso Peçanha, secretário de Obras Públicas do estado do Rio de Janeiro. Cargo que deixou quando, em outubro de 1962, voltou a eleger-se deputado federal.[1] Foi ministro do Gabinete Civil da Presidência da República no governo Ranieri Mazzilli, de 2 a 15 de abril de 1964. Reeleito para deputado federal no pleito de 1966, na legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), não concluiu seu mandato. O Ato Institucional nº 5 (AI-5) cassou seu mandato em 1969 e teve suspensos por dez anos seus direitos políticos.[1] Fundou a Associação Rural de Nova Iguaçu e presidiu a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro até sua morte, em 1981[1]. Em 06 de dezembro de 2012 teve, simbolicamente, restituído seu mandato parlamentar na Câmara dos Deputados que lhe fora retirado pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5). [4] Trabalhos publicados
Fonte de pesquisaLivro Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Editora FGV, 2001. Ligações externasReferências
|