Durante a sua estadia em Estocolmo entre 1802 e 1803, surgiram rumores de que Guilherme tinha começado um caso amoroso com Aurora Wilhelmina Koskull que chamou a atenção da imprensa e dizia-se que o príncipe tinha planos para se casar com ela. A rainha Carlota da Suécia recordou o que o príncipe lhe tinha dito sobre Aurora: "Se ela fosse sua filha, casaria com ela!"[2]
Guilherme entrou na Universidade de Cambridge (que, na altura, se chamava Trinity College), em 1787, e licenciou-se em 1790.[3] A 25 de Agosto de 1805, o pai do príncipe Guilherme morreu e ele herdou os títulos de Duque de Gloucester e Edimburgo e Conde de Connaught. A partir de 1811 até à sua morte, foi reitor da Universidade Cambridge.[3] Em 1812, foi convidado por alguns membros da nobreza sueca para se tornar rei da Suécia, mas o governo britânico não o autorizou a aceitar a proposta.
Casamento
A 22 de Julho de 1816, Guilherme casou-se com a princesa Maria do Reino Unido, sua prima direita e filha do rei Jorge III. O casamento celebrou-se no Palácio de St. James, em Londres. Nesse dia, o príncipe-regente presenteou o duque com o tratamento de Sua Alteza Real por ordem do conselho.[4]
O duque e a duquesa de Gloucester viveram em Bagshot Park, no Surrey. Não tiveram filhos juntos porque se casaram quando ambos já tinham quarenta anos. O duque tinha sido encorajado a permanecer solteiro, porque se poderia vir a tornar um noivo adequado caso a princesa Carlota de Gales, herdeira ao trono, não conseguisse realizar um casamento favorável com um príncipe estrangeiro. Dez semanas antes de Guilherme se casar, Carlota tinha se casado com o príncipe Leopoldo de Saxe-Coburgo-Gota.[5]
Últimos Anos
Guilherme envolveu-se em vários projectos ao longo da vida e, a 27 de Abril de 1822, liderou a primeira reunião anual do novo Clube Universitário Unido de Londres.[6] Contudo, a política não estava entre os seus interesses e raramente aparecia na Câmara dos Lordes, tendo votado apenas nos assuntos mais importantes do seu tempo. Lutou a favor da abolição da escravatura e apoiou a rainha Carolina e Augusto Frederico, Duque de Sussex contra o rei Jorge IV.[7]
Tinha normas mais rigorosas do que as do rei. Nunca permitiu que um cavalheiro se sentasse na sua presença, algo que apenas o rei Jorge fazia por favor especial, e esperava que todas as senhoras lhe servissem café em qualquer festa na qual estivesse presente, bem como que esperassem de pé a seu lado até que ele o acabasse de beber.[8] A opinião que outros tinham da sua figura era resumida pela alcunha que lhe era atribuída, "Billy Tolo". Também lhe chamavam "Fatia de Gloucester" e "Queijo"[9] em referência ao queijo de Gloucester.
O duque morreu a 30 de novembro de 1834 e foi enterrado na Capela de São Jorge em Windsor.
↑Cecilia af Klercker (1927) (em sueco). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok VII 1800-1806 (Os Diários de Edviges Isabel Carlota VII 1800-1806). P.A. Norstedt & Söners förlag. ISBN 383107.
↑ abenn, J.; Venn, J. A., eds. (1922–1958). "Gloucester, H.R.H. Prince William Frederick, Duke of". Alumni Cantabrigienses (10 vols) (online ed.). Cambridge University Press.
↑Complete Peerage, "Duke of Gloucester", citing the obituary of Princess Mary in the Annual Register of 1857.
↑Club History Since 1821 at oxfordandcambridgeclub.co.uk
↑A. W. Purdue, ‘William Frederick, Prince, second duke of Gloucester and Edinburgh (1776–1834)’, Oxford Dictionary of National Biography, Oxford University Press, Sept 2004; online edn, May 2009
↑A. W. Purdue, ‘William Frederick, Prince, second duke of Gloucester and Edinburgh (1776–1834)’, Oxford Dictionary of National Biography, Oxford University Press, Sept 2004; online edn