Obrigado a se exilar na Europa em 1968,[carece de fontes?] retornou em 1974, indo morar em Pelotas, no Rio Grande do Sul, terra natal de sua então mulher, a atriz e professora de teatro Nara Keiserman. Ambos deram aulas na universidade federal da cidade, mas logo se mudaram para Porto Alegre, onde ele produziu shows musicais e encenou peças infantis. É dele, junto com Nara, a primeira montagem no Rio Grande do Sul de Os Saltimbancos, de Chico Buarque. Com o sucesso do filme A Intrusa, filmado em Uruguaiana, começou a fazer telenovelas na Rede Globo. Em 2004 interpretou o misterioso Josivaldo na telenovela Senhora do Destino. Em 2006 juntou-se ao diretor Luiz Arthur Nunes para criar Fala, Zé!, monólogo teatral em que passava sua geração a limpo, cruzando biografia e ficção. Ainda neste ano causou polêmica durante a campanha presidencial ao pedir, num encontro político, palmas para o deputado cassado José Dirceu que, aliás, não estava presente.
Em 2011 viveu Milton em Insensato Coração e, em 2012, o personagem Nilo em Avenida Brasil.[4] Em 2013 interpretou o vilão Ernest Hauser em Joia Rara[5] mas, no meio da trama, deixou de ser o vilão principal para ser do bem. No mesmo ano interpretou o contrabandista Gerôncio Durão em O Dentista Mascarado.[6] Em 2014 interpretou Bernardo Rezende em O Rebu.[7][8] Em 2015 interpretou o industrial Gibson Stewart, o grande vilão em A Regra do Jogo.[9] Em 2018 interpretou o baiano Dodô, patriarca da família Falcão em Segundo Sol. No ano seguinte interpretou o empresário Otávio em A Dona do Pedaço; seu personagem popularizou os termos sugar baby e sugar daddy (homem rico e mais velho que sustenta mulher mais jovem em troca de sexo).[10]
No início de junho de 2020 o ator revelou que não havia renovado o contrato com a Rede Globo, depois de quarenta anos na emissora. O ator revelou também que o contrato antigo ainda teria validade até o final daquele mês e que havia firmado um novo contrato, passando a trabalhar por obra na emissora. A Globo confirmou o acordo e declarou que a alteração foi na relação trabalhista e Abreu poderia no futuro ser escalado para uma nova obra.[11]
Vida pessoal
Em 1970 nasceu seu primeiro filho, Rodrigo, fruto da união com a advogada Neuza Serroni.[12] O rapaz faleceu em 1992, aos 21 anos, ao cair da janela de seu apartamento no Rio de Janeiro, em que morava com o pai.[13] Foi casado com a diretora teatral Nara Keiserman entre 1974 e 1990, com quem teve três filhos: Theo (1976), Ana (1977) e Cristiano (1984).[14] Em 2000 teve um quinto filho, Bernardo, fruto do seu relacionamento com Andrea Pontual.[15] Entre 2015 e 2016, foi casado com a cineasta Priscila Petit.[16][17][18][19][20] Namora desde 2019 com a maquiadora Carolynne Junger.[21]
Em 2013 alegou ser bissexual, mas depois desmentiu afirmando que "tudo não havia passado de uma maneira de provocar uma grande discussão sobre o assunto",[22] e depois se declarou poli.[23] José de Abreu é torcedor do Flamengo.[24]
Em 22 de abril de 2016 envolveu-se numa polêmica ao cuspir num casal num restaurante japonês de São Paulo, durante uma discussão que, segundo o ator, teria começado após ele ter sido ofendido pelo casal em função de seu apoio ao Partido dos Trabalhadores.[27] O incidente foi gravado em vídeo e amplamente divulgado na Internet.[28] Na ocasião afirmou nunca ter recebido dinheiro via Lei Rouanet. Em novembro do mesmo ano foi acusado pelo Ministério da Cultura de não ter prestado contas de 300 mil reais captados para a turnê do espetáculo Fala, Zé pela região sudeste.[29] O ator se defendeu, afirmando que o Ministério da Cultura não cobrou dívida alguma dele, pois foi apenas um ator no projeto, cuja captação de recursos foi feita por uma de suas ex-esposas.[30]
No dia 18 de setembro de 2021, o ator retuitou um post de um usuário dizendo que "socaria a deputada Tabata Amaral até ser preso", por suas posições políticas centristas. José de Abreu foi duramente criticado pela comunidade por endossar a violência contra a mulher em seu perfil no Twitter.[37][38]