Massacres de Tchoma Bangou e Zaroumadareye
ContextoOs massacres de Tchoma Bangou e Zaroumadareye foram os mais mortíferos contra civis no país desde o início da Guerra do Sahel.[2] Esses ataques são realizados em um contexto eleitoral: as eleições municipais e regionais ocorreram em dezembro de 2020. O duplo ataque ocorreu no mesmo dia da divulgação dos resultados do primeiro turno das eleições legislativas e da eleição presidencial, que concederam liderança, com 39%, ao candidato do partido governista, Mohamed Bazoum.[3] No mesmo dia deste massacre, dois soldados franceses da Operação Barkhane foram mortos no Mali durante um ataque com dispositivo explosivo improvisado na região de Ménaka.[4] DesenvolvimentoAs duas aldeias alvejadas, próximas da fronteira do país com o Mali, na região de Tillabéri, estão a sete quilômetros uma da outra e a cerca de 120 quilômetros a norte de Niamey.[1] As aldeias foram atacadas simultaneamente.[2] Almou Hassane, o prefeito de Tondikiwindi, evoca uma centena de jihadistas divididos em dois grupos.[5] Segundo ele, teriam atacado a aldeia em vingança pela morte de dois dos seus batedores, assassinados pelos grupos de autodefesa da aldeia.[5] ResponsabilidadeO ataque não é reivindicado.[1] As autoridades do Níger atribuem-no a “terroristas”.[5] O grupo jihadista ativo na região é o Estado Islâmico do Grande Saara.[5] De acordo com a RFI: “Embora esses ataques ainda não tenham sido reivindicados, o suposto líder do bando, Maii Touwo, é conhecido pelos serviços de inteligência militar: acredita-se que seja natural de uma aldeia vizinha, da mesma etnia daquela que ele massacrou”.[5] Perdas humanasDe acordo com declarações à AFP de Almou Hassane, o prefeito de Tondikiwindi, o número de mortos é de pelo menos 100, incluindo 70 em Tchoma Bangou e 30 em Zaroumadareye, e 25 feridos.[1] A RFI indica que esta avaliação foi confirmada pelo governador da região.[5] Ver também
Referências
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