Abandonou a carreira em 2003 e, desde então, se dedica à função de empresário na área de florestas plantadas.
Carreira
Antes da Fórmula 1
Aos sete anos de idade, era a grande estrela da categoria "mini-fórmula", pilotando um carrinho vermelho, uma autêntica imitação da Ferrari. Começou a correr de kart aos oito anos de idade, sendo campeão citadino durante nove anos consecutivos. Em 1980 conquistou o título nacional de kart.
Em 1981 iniciou na Fórmula Fiat e logo no início, foi campeão brasileiro. Logo após o título da Fórmula Fiat, Maurício embarcou para a Europa, onde em 1982, conquistou o título da Fórmula Ford 1600Britânica, com treze vitórias e onze poles. Superou vários desafios e, em 1983, foi o segundo colocado no campeonato da Fórmula Ford 2000 Britânica.
Em 1984 conquistou mais um título, agora, o de campeão da Fórmula Ford 2000 Européia. No ano seguinte, obteve sua maior glória ao vencer o campeonato da Fórmula 3 Britânica. Em 1985 venceu também o Grande Prêmio de Macau da Fórmula Três.
Chegou a ser cotado para ser piloto da Lotus em 1986, por sugestão de Ayrton Senna, que era amigo pessoal de Maurício, mas esse fato não foi consumado.
Fórmula 1
March
Começou sua odisseia na categoria-mor do automobilismo em 1988, como futura revelação da March. Em 1989, conseguiu sua consagração, o 3º lugar no Grande Prêmio do Brasil daquele ano, onde chegou a disputar a 2ª posição com Alain Prost, além de muitos outros resultados que valeram para ele.
O acidente em Paul Ricard
Gugelmin sofreu um acidente memorável no Grande Prêmio da França de 1989. Na largada, o March de Maurício, que andava muito rápido no warm-up e que pretendia ganhar o máximo de posições, perde o ponto de freada antes da primeira curva e bate fortemente na traseira da Williams, de Thierry Boutsen, e da Ferrari de Nigel Mansell; por um instante, o March ficou completamente de ponta-cabeça no meio de um monte de carros. Após a aterrissagem, Gugelmin sai ileso e sem nenhum arranhão, tendo apenas o capacete arranhado. Porém, o acidente causou uma confusão geral que envolveu mais de vinte carros.
Na segunda largada, Gugelmin largou com o carro reserva, fazendo a volta mais rápida da prova, o que era praticamente uma vitória para Gugelmin após aquele enorme susto na largada.
Leyton House
No ano de 1990, o carro da March (agora rebatizada de Leyton House) não estava bem. Os motores da Judd estavam muito ruins e o brasileiro terminou com um ponto marcado. Não conseguiu vaga para o grid de largada em dois GPs: Canadá e México. Seu companheiro de equipe, o italianoIvan Capelli, também não conseguiu se classificar para a corrida mexicana, apesar de ser superior ao brasileiro em quase todas as corridas.
Em 1991, seu último ano pela Leyton House (que voltaria a utilizar a alcunha March no fim do ano), não teve também muita sorte, mesmo com os motores da Ilmor. Gugelmin não marcou nenhum ponto.
Jordan
Transferiu-se para a Jordan em 1992. A equipe, sensação no ano anterior, agora com o motor Yamaha de doze cilindros. Era o ano em que a Jordan se afirmaria de vez na categoria.
Inicia-se a migração para a nova fábrica e tanto Gugelmin quanto o seu companheiro de equipe, o italianoStefano Modena, estavam esperançosos com o campeonato. Mas, foi uma desilusão para ambos. Os dois pilotos só conseguiram se alinhar no final do grid em grande parte do campeonato (Modena não se classificou em quatro corridas). O carro não era nem sombra do ano anterior.
A equipe fechou o ano com um ponto, conquistado por Modena. Pelo segundo ano consecutivo, Maurício não marcou nenhum ponto também. Desiludido e sem perspectivas para o próximo campeonato, Gugelmin abandona a Fórmula 1. Seu nome chegou a ser cogitado para correr na Forti em 1995, mas outro brasileiro, Roberto Pupo Moreno, ganhou a vaga.
Champ Car
Depois de deixar a Fórmula 1, na Europa, Maurício foi tentar a sorte na extinta Champ Car, nos Estados Unidos. De 1993 a 2001 foram temporadas de altos e baixos, época em que nunca teve um carro competitivo para a disputa do campeonato. Quase venceu a Indianapolis 500 de 1995. Somente em 1997, na etapa de Vancouver, conseguiu sua tão sonhada vitória em categorias "top" do automobilismo.
Gugelmin entrou para a história como um piloto e homem tranquilo, ético e, acima de tudo, um bom amigo e desapegado das coisas materiais, com bem diz uma frase sua:
“
Não seja o homem mais rico no cemitério.
”
Isto resume "Big Mo", como era carinhosamente chamado no automobilismo.