O Ramal de Mangaratiba, foi inaugurado em 1878, partindo da Estação de Sapopemba (atual Estação Deodoro) até o distante subúrbio de Santa Cruz. Em 1911, foi prolongado até Itaguaí e em 1914 chegou a Mangaratiba.
Inicialmente era chamado de Ramal de Angra, pois pelo projeto original, deveria ser prolongado até alcançar Angra dos Reis, onde em 1928, a Estrada de Ferro Oeste de Minas havia chegado com a linha vinda de Barra Mansa (RJ), mas isto nunca aconteceu.
Em 1973, foi construída pela RFFSA, uma variante que partia da Estação Japeri, na Linha do Centro, e seguia até a parada de Brisamar, se conectando com o Ramal de Mangaratiba. Esta variante desviou o fluxo de trens de minério com destino aos portos, da área mais adensada da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Por conta disso, o trecho entre Santa Cruz e Brisamar acabou sendo utilizado somente pelos trens de passageiros de médio percurso destinados a Mangaratiba, já que os trens de subúrbio, circulavam somente entre Deodoro e Santa Cruz, de onde voltavam, por ser o ponto final da tração elétrica.[3][4]
Ainda em 1973, foi construído na Ilha Guaíba, um grande terminal marítimo para embarque de minério de ferro em navios. Uma ponte ferroviária com 1.705m de extensão, liga a área continental de Mangaratiba à Ilha Guaíba, onde há viradores de vagões para descarregar os longos trens de minério.
No início da década de 1980, o trecho original do ramal que se destinava à região central de Mangaratiba acabou desativado, juntamente com os trens de médio percurso que trafegavam por toda a linha, mantendo-se somente a operação local dos cargueiros destinados aos portos de Itaguaí e de Guaíba. Nesse meio tempo, a CBTU ainda disponibilizou trens de subúrbio que realizavam a curta ligação de passageiros num dos trechos iniciais do ramal, entre as estações de Santa Cruz e de Itaguaí. Com o fim da operação dos trens em 1990, o trecho acabou caindo em desuso.[5]
Na década de 1990, cogitou-se uma duplicação do trecho entre Santa Cruz e Itaguaí pela CBTU, visando atender ao polo petroquímico daquela cidade, mas isto nunca aconteceu.[6]
Operação
Em 1996, o Ramal de Mangaratiba, juntamente com a Linha do Centro, foi concedida para a empresa MRS Logística, pela RFFSA. O ramal transporta grande volume de minério de ferro vindo de Minas Gerais, via Ferrovia do Aço, para os portos de Itaguaí e para o Terminal da Ilha Guaíba (TIG), pertencente a Vale S.A.[7].
O trecho inicial da linha entre a estação Estação Deodoro e a Estação Santa Cruz, estão em operação como linha de subúrbio da SuperVia. O trecho intermediário entre Santa Cruz e Brisamar está abandonado.