The New Adventures of Tarzan
The New Adventures of Tarzan é um seriado norte-americano de 1935, em 12 episódios, do gênero aventura, dirigido por Edward A. Kull e estrelado por Herman Brix e Ula Holt. Foi lançado também em formato longa metragem, com 59 minutos, sob o mesmo título, e em 1938, foi produzida, pela própria Burroughs-Tarzan Enterprises, uma versão editada em forma de longa metragem do seriado, sob o título Tarzan and the Green Goddess. A produçãoMotivado pelos milhões[vago] que a MGM estava auferindo com seus dois primeiros Tarzans (Tarzan the Ape Man e Tarzan and His Mate), Edgar Rice Burroughs aceitou criar uma empresa para produzir os filmes do Rei das Selvas. Além de Burroughs, a Burroughs-Tarzan Enterprises Inc. tinha outros três sócios, quais sejam George W. Stout, Ben S. Cohen e Ashton Dearholt, que fora ator nos tempos do cinema mudo.[1] O primeiro projeto da nova produtora foi baseado em um rascunho intitulado Tarzan and the Green Goddess. Burroughs escolheu o medalhista olímpico Herman Brix para interpretar o herói e esperava que finalmente sua criação fosse mostrada nas telas do jeito que ele idealizara. As filmagens tiveram lugar na Guatemala, a partir do final de 1934, e duraram quatro meses.[1] Durante a produção, Burroughs divorciou-se da esposa Emma e casou-se com Florence Gilbert, recém-divorciada de Ashton Dearholt. Como precisava de dinheiro e desconfiasse que sua companhia não teria o sucesso esperado, ele assinou novo contrato de cessão de direitos com a MGM. Tudo isso acontecia enquanto seus sócios anunciavam novos filmes, baseados nos romances The Mad King e Tarzan, Lord of the Jungle. Nada disso jamais se concretizou. Pela primeira vez, desde a era muda até à década de 1960, Tarzan foi mostrado nas telas exatamente como imaginado por Burroughs—culto, de boas maneiras, fala mansa, enfim, um bem-educado lord inglês falante de várias línguas—e que não soltava grunhidos.[1] A MGM ficou incomodada, pois o Tarzan dela, feito por Johnny Weissmuller era bem o contrário de tudo isso. Assim, quando de seu lançamento em 21 de junho de 1935, o filme sofreu com o boicote levado a cabo pelo estúdio, que conseguiu fazer com que ele ficasse fora de praticamente toda grande casa exibidora.[1] The New Adventures of Tarzan foi lançado em vários formatos. Além do seriado com doze episódios, ele podia ser encontrado como um longa-metragem com 75 minutos de duração ou, ainda, como um longa-metragem de 70 minutos seguida de onze episódios. Em 1938, ele foi editado mais uma vez, sendo apresentado como um longa-metragem com 72 minutos, montado a partir dos dez últimos episódios do seriado.[1] Ademais, nessa versão, o título foi alterado para Tarzan and the Green Goddess (o original, que não sobreviveu), foram acrescentadas algumas cenas de arquivo e o enredo variou levemente, sem prejudicar a essência.[1] A partir de 1940, o nome de Brix substituído por Bruce Bennett, que era o que ele passou a usar desde o ano anterior, justamente para afastar-se da figura de Tarzan, com o qual era sempre associado.[1] Apesar da MGM ter conseguido confinar a produção às pequenas cadeias exibidoras nos EUA, ela nada pôde fazer quanto a seu sucesso no mercado estrangeiro, onde ela não exercia nenhum controle. De fato, a película tornou-se um clássico, graças à sua fidelidade à obra escrita e teve exibições praticamente contínuas no mundo inteiro, até sua venda para a televisão em 1961.[1] SinopseO Homem Macaco deixa a África para ver se encontra o amigo Paul D'Arnot, que está perdido na Guatemala. Durante a viagem, o Major Martling e sua filha Alice pedem sua ajuda. Eles procuram joias nas ruínas maias e também um ídolo sagrado que contém uma fórmula secreta para um poderoso explosivo. Em uma cidade perdida, eles descobrem tanto o ídolo quanto D'Arnot, que estava prisioneiro. Depois de resgatar ambos, eles são perseguidos por Raglan, um explorador ambicioso e sem escrúpulos, que deseja a estatueta. Raglan está a serviço de Hiram Powers, advogado da misteriosa Ula Vale, cujo noivo falecera enquanto procurava o mesmo ídolo. Ula monta sua própria expedição, mas ela não é quem aparenta ser. Recepção críticaPara o Variety, "Herman Brix (...) está bem como Tarzan, mas mesmo seus dedicados esforços são insuficientes para tirar a produção do lamaçal dos filmes sem importância destinados às sessões duplas".[1] O Film Daily foi na mesma direção: "A fita tem bobagens suficientes para torná-la aceitável nos subúrbios".[1] Todavia, a honestidade dessas críticas é duvidosa, devido à grande influência que a MGM exercia na mídia da época.[1] O Motion Picture Heral parece ter uma opinião mais confiável: "Espetacular e autêntico, rodado na Guatemala, o filme tem um valor comercial que não pode ser ignorado".[1] A crítica moderna também se ocupa da produção. Segundo Leonard Maltin, apesar de feito em locações naturais, o filme não representa nenhuma ameaça à MGM ou a Weissmuller.[2] Por sua vez, o site AllMovie.com. diz que o elenco é horrível, com exceção de Brix, mas elogia as cenas de ação.[3] Episódios
Elenco
Referências
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