Um novo sistema de controle de doping foi introduzido, com 50 oficiais de controle de dopagem e 12 especialistas em amostras de sangue e urina, num total de 94 integrantes oficiais e dezenas de voluntários, todos sob o comando da HUNADO ou MACs, o Grupo Anti-Doping da Hungria (Magyar Antidopping Csoport). Assim como em Eugene 2022, devido à invasão russa da Ucrânia os atletas russos e bielorrussos continuam proibidos de competir no evento. [6] Uma nova regra foi introduzida nesta edição. O espaço vago deixado numa raia de corrida por um atleta desclassificado, não será mais deixado vago para a realização da prova, mas preenchido pela atleta com a melhor marca que não tenha conseguido classificação para a aquela largada. Isto passa a ser usado na semifinal ou final; a regra também se aplica a provas de longa distância e de campo, que tem um número específico de participantes.[7] "Youhoo", uma ovelha nativa da Hungria, foi escolhida como a mascote do evento.[8]
Um recorde de mais de 2100 atletas de 195 nações – além de um time de refugiados – competiram em Budapeste e foram assistidos por um público pagante de mais de 400.000 espectadores de 120 países diferentes no estádio. Um recorde mundial e seis recordes do campeonato foram quebrados. O velocista norte-americano Noah Lyles foi o maior vencedor individual com três medalhas de ouro e os Estados Unidos ficaram mais uma vez em primeiro no quadro geral de medalhas com 29, doze delas de ouro. A queniana Faith Kipyegon se tornou a primeira atleta a conquistar medalhas de ouro nos 1500 m e 5 000 m num mesmo Mundial. A Espanha conseguiu um feito inédito ganhando todas as medalhas de ouro disponíveis na marcha atlética, com seus marchadores María Pérez e Álvaro Martín. Pela primeira vez o salto com vara feminino dividiu uma medalha de ouro. A venezuelana Yulimar Rojas se sagrou tetracampeã mundial do salto triplo enquanto a holandesa Femke Bol ganhou duas medalhas de ouro depois de sofrer uma queda na chegada e perder a primeira das três provas que disputou. Esta edição foi a de maior engajamento popular da história do esporte, com cerca de 1 milhão de visitas por dia ao website do campeonato, e com o credenciamento de 1200 funcionários de transmissão de rádios e emissoras de televisão, assim como 850 jornalistas e fotógrafos de 75 países.[9] No Brasil o evento foi transmitido pela SporTV 2 e em Portugal pela RTP2.[10]
Escolha da sede
Budapeste, com a experiência de já ter sediado anteriormente o Campeonato Mundial de Natação e por duas vezes o Campeonato Europeu de Atletismo, foi escolhida como sede do Campeonato Mundial de Atletismo de 2023 durante o congresso da World Athletics realizado em Mônaco em 4 de dezembro de 2018. Ela foi selecionada antes mesmo da escolha oficial da sede de 2021, prevista para a Austrália, mas que acabou ocorrendo em Eugene, Estados Unidos, em 2022, adiada pela pandemia de Covid-19.[11]
Local
As competições – com exceção da marcha atlética e da maratona – foram realizadas no Nemzeti Atlétikai Központ (pt: Centro Atlético Nacional) em Budapeste, construído para o evento às margens do rio Danúbio, ao sul da cidade, com custo total de € 560 milhões,[12] e capacidade provisória de 35 000 espectadores sentados durante a competição.[13] O estádio foi inaugurado em 16 de junho de 2023 pelo presidente da World Athletics,Sebastian Coe. A pista de corrida tem nove raias; construída pela empresa italiana Mondo, tradicional fornecedora de pistas para os principais estádios de atletismo do mundo, é considerada super rápida e foi apelidada de "A Coroa da Rainha dos Esportes".[14]
Prêmios
Esta edição do campeonato distribuiu um total de US$ 8 498 000 aos medalhistas – além de um prêmio de US$ 100 000 caso um recorde mundial seja estabelecido – divididos da seguinte maneira:[15]
19 de agosto de 2023, uma noite de azar para o atletismo holandês. Femke Bol (acima) e Sifan Hassan (abaixo) perdem a medalha de ouro com uma queda quase na linha de chegada.
Nações participantes
195 países participaram do Mundial de 2023. Entre parênteses, o número de atletas enviados.