Jane Stanhope, Condessa de Harrington
Jane Stanhope, Condessa de Harrington (nascida Fleming; Londres, 23 de maio de 1755 – Londres, 3 de fevereiro de 1824)[1][2] foi uma aristocrata e anfitriã inglesa. Ela foi condessa de Harrington pelo seu casamento com Charles Stanhope, 3.º Conde de Harrington. De 1794 a 1818, serviu a rainha Carlota de Meclemburgo-Strelitz na posição de Senhora da Câmara. O comportamento imaculado de Jane era considerado virtuoso, o que rendia comparações com a sogra, Caroline FitzRoy, conhecida por seus diversos casos extraconjugais. Ela também era irmã de Seymour Fleming, que, segundo rumores, possuía 27 amantes, e quem também ficou conhecida por seu envolvimento num famoso caso criminal. FamíliaJane era a filha mais velha de Sir John Fleming, 1.º Baronete Fleming de Brompton Park, e de sua esposa, Jane Coleman. Os seus avós paternos são desconhecidos. Os seus avós maternos eram William Coleman e Jane Seymour. Ela teve quatro irmãos, incluindo Seymour Dorothy, esposa de Sir Richard Worlsey, 7.º Baronete Worsley de Appuldercombe. BiografiaApós a morte do pai, em 1763, Jane e suas irmãs se tornaram as herdeiras de uma fortuna de £100.000. Aos 23 anos de idade, Jane ficou noiva de Charles Stanhope, Visconde Petersham, que era dois anos mais velho do que ela. O visconde, trisneto materno do rei Carlos II de Inglaterra, e de sua amante, Barbara Palmer, 1.ª Duquesa de Cleveland, era visto como um herói de guerra que recentemente havia retornado da América do Norte. No entanto, o pai dele, William Stanhope, 2.º Conde de Harrington, estava profundamente endividado, e, assim, as negociações legais entre as famílias levou ao adiamento do casamento. Em outubro de 1778, rumores começaram a circular, dizendo que a união nunca chegaria a acontecer. Alguns meses depois, entretanto, Charles tornou-se o novo conde com a morte do pai, em abril, e eles finalmente se casaram em 23 de maio de 1779, em Marylebone, na cidade de Londres.[1][3] Jane completou 24 anos naquela mesma data, e Charles tinha 26. O dote da noiva foi de £100.000.[4] A nova condessa de Harrington foi elogiada pela sua generosidade, pois ela imediatamente pagou as dívidas que o marido havia herdado do pai, além de ter financiado a reaquisição de Stable Yard House em St James's. O dinheiro que trouxe consigo também permitiu que o conde recrutasse um regimento de infantaria, o qual acompanhou o casal até a Jamaica, em 1780. Ao retornarem no ano seguinte, a condessa tornou-se popular devido ao seu senso de moda e beleza. Jane e Georgiana Cavendish, Duquesa de Devonshire foram consideradas as senhoras mais bem vestidas numa festa noturna dada pela duquesa de Devonshire, em setembro de 1782.[3][5] Embora estivesse acostumada a apostar, como muitos dos nobres da época, a condessa de Harrington era "abençoada com felicidade doméstica, uma progênie adorável, e todo tipo de afeto que pode fazer da vida desejável." Cercada por uma aristocracia de morais geralmente duvidosas, ela era considerada o símbolo da virtude,[6] enquanto que sua irmã mais nova, Seymour, escandalizava a sociedade, pois, supostamente, tinha 27 amantes.[3] O comportamento de Jane também era colocado em contraste com o da sogra, Caroline FitzRoy, considerada uma "mulher da vida" pelas pessoas da época. Seymour e Caroline eram amigas.[7] Como uma pintora razoavelmente talentosa, a senhora Harrington ajudou a estabelecer a carreira de John Glover[8] como um instrutor de arte no início da década de 1790, e, talvez, tenha tido aulas com ele. A condessa também conhecia Sir Joshua Reynolds, que pintou dois retratos famosos de Jane,[8] além de ter pintado sua mãe, irmã e cunhado. Jane foi dama de companhia da rainha Carlota, consorte do rei Jorge III do Reino Unido, de 1 de junho de 1794[9] até 1818, ano da morte de Carlota. Ela era muito favorecida pela rainha.[3] O conde e a condessa de Harrington mantiveram sua popularidade até a velhice. "A ocupação perpétua deles de beber chá" foi notada por um de seus contemporâneos, que achava que "nem em Nanjing, Pequim ou Guangzhou, a chaleira era mais assiduamente e constantemente reabastecida" do que na casa deles.[3] A senhora Harrington faleceu aos 68 anos, no dia 3 de fevereiro de 1824, no Palácio de St. James, em Londres. Foi sepultada na Abadia de Westminster,[10] em 12 de fevereiro.[3] Seu viúvo faleceu alguns anos depois, em 5 de setembro de 1829, mas foi enterrado longe da esposa, no cemitério da Igreja de São Bartolomeu, na vila de Elvaston, em Derbyshire. Segundo uma lenda, a condessa teria supostamente matado o seu jardineiro com uma enxada, pois ele teria plantado algo em um lugar proibido. Ainda de acordo com a lenda, o fantasma dela anda pelas cachoeiras, e sua aparição para alguém significa uma premonição da própria morte.[6] Descendência
Ascendência
Referências
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