Pátria Minha
Pátria Minha (em Portugal, Vidas Cruzadas) é uma telenovela brasileira que foi produzida e exibida pela TV Globo em 18 de julho de 1994 até 10 de março de 1995, em 203 capítulos[1], substituiu Fera Ferida e sendo substituída por A Próxima Vítima. Foi a 49ª "novela das oito" exibida pela emissora. Teve a autoria de Gilberto Braga, com colaboração de Alcides Nogueira, Leonor Bassères, Sérgio Marques e Ângela Carneiro, e dirigida por Roberto Naar, Ary Coslov e Alexandre Avancini, contou com a direção geral e núcleo de Dennis Carvalho. Contou com Tarcísio Meira, Vera Fischer, José Mayer, Eva Wilma, Renata Sorrah, Marieta Severo, Fábio Assunção e Cláudia Abreu nos papéis centrais da trama. EnredoAlice (Cláudia Abreu), uma estudante idealista, presencia um atropelamento causado pelo poderoso empresário Raul Pelegrini (Tarcísio Meira), um homem inescrupuloso, arrogante e prepotente, que não mede esforços para conseguir o que deseja. Pressionada a testemunhar a favor dele, ela recusa todas as tentativas de suborno do empresário, instaurando assim o confronto entre ambos. Lídia Laport (Vera Fischer), uma alpinista social, abomina a pobreza e almeja ser rica e bem-sucedida a qualquer custo. Ela foi casada por muitos anos com Max Laport (Carlos Vereza), com quem teve o jovem Rodrigo (Fábio Assunção), namorado de Alice. Disposta a alcançar o que deseja, Lídia se aproxima da aristocrata Teresa (Eva Wilma), esposa de Raul, com a intenção de destruir o seu casamento e se tornar a nova esposa do milionário. Enquanto isso, Pedro (José Mayer) regressa ao Brasil depois de longa temporada como imigrante ilegal nos Estados Unidos, encontrando o pai Deodato (Ivan Cândido) e os irmãos Inácio (Felipe Camargo) e Joel (André Pimentel) vivendo em uma favela. Com o apoio de Alice, Pedro lidera uma revolta contra Raul, que ordenara a desocupação do terreno da favela em que a família de Pedro e outros moradores desabrigados haviam decidido se instalar. Lídia fica balançada entre uma vida fútil, com conforto material, ao lado de Raul, e um grande amor sem segurança financeira ao lado de Pedro, sua antiga paixão. Loreta (Marieta Severo), sobrinha de Raul, é uma viúva interesseira sustentada pelo tio, a qual vive armando planos para se dar bem, além de Gustavo (Kadu Moliterno), filho de Raul, que trabalha com o pai. No passado, ele teve um romance com Natália (Renata Sorrah), o qual rendeu um fruto: Alice, a principal adversária de Raul e também sua neta desconhecida. ProduçãoA proposta de Pátria Minha era abordar questões éticas e morais, assim como tramas anteriores de Gilberto Braga, focadas na corrupção: Vale Tudo, de 1988, e O Dono do Mundo, de 1991.[2] A antecessora no horário das oito, Fera Ferida, foi esticada para que Pátria Minha só estreasse depois da final da Copa do Mundo FIFA de 1994. No último capítulo de Fera Ferida, o cinema de Tubiacanga (cenário daquela novela) anunciava num cartaz a estreia de Pátria Minha.[2] O autor Gilberto Braga demonstrou preocupação quanto ao avanço dos números de casos de AIDS no país, tanto que ele buscou conscientizar as pessoas para o uso de preservativos. O tema foi citado sempre que possível nos diálogos.[3] Temas como os brasileiros que trabalham nos Estados Unidos, a moradia, o racismo e o adultério, tanto masculino como feminino, foram explorados, tendo sido, também, mostrados tabus como a virgindade e a primeira experiência sexual, como a cena de sexo com o namorado na casa dos pais e o diálogo entre pais e filhos.[4] Antes de se tornar atriz, Taís Araújo aparecia rapidamente na abertura de Pátria Minha,[4] a sua primeira personagem foi em Tocaia Grande, na Rede Manchete. Carlos Vereza interpretou o boa-vida Max Laport, pai de Rodrigo (Fábio Assunção) e ex-marido de Lídia (Vera Fischer), mas esse personagem, por haver sido cômico, não ocasionou a menor polêmica, diferentemente de Raul, que, em dada cena, chamou Kennedy (Alexandre Moreno) de "negro safado". Voltando, porém, a Max, este chamava Osmar (Nuno Leal Maia) de "primata". Fúlvio Stefanini interpretou o amante de Teresa, Rafael, o qual deixou um bilhete para ela. Para quê? Acabou nas mãos de Raul, que se divorciou dela, não se cansando de chamá-la de adúltera. A atriz Vera Fischer teve fortes desentendimentos com Felipe Camargo (seu marido na época). Isso gerou uma série de problemas, entre eles a falta de disciplina, atrasos e faltas às gravações por parte de Vera. Mediante isso, ela correu o risco de ser afastada da novela, mas depois ela voltou a gravar algumas cenas.[5] Após se recusarem a se encontrar nos estúdios, Gilberto Braga inventou um incêndio e carbonizou os personagens de Vera e de Felipe. A justificativa para o afastamento definitivo dos atores foi que a indisciplina deles estava prejudicando o ritmo das gravações.[6]
Elenco
Participações especiais
AudiênciaCom baixa audiência e problemas para se estabilizar, Patria Minha registrava menores índices que as "novelas das sete" A Viagem e Quatro por Quatro e, algumas vezes, menor que a "novela das seis" Tropicaliente. Seu último capítulo registrou 55 pontos, 7 a menos que a antecessora, Fera Ferida. Nos dias 24 de dezembro e 31 de dezembro, a novela registrou sua menor média: 28 pontos em ambos os dias. Teve uma média geral de audiência de 44 pontos, 9 a menos que a antecessora e muito abaixo da expectativa para o horário, que era de 50 pontos na época.[9] Prêmios
Exibição internacionalFoi exibida, entre outros países, na Bolívia, no Chile, na Colômbia, na Guatemala, em Honduras, na Indonésia, na Nicarágua, no Panamá, no Paraguai, em Portugal, na Rússia, no Uruguai e Venezuela.[2] Outras mídiasFoi disponibilizada na íntegra no Globoplay em 09 de outubro de 2023.[11] Trilha sonoraTrilha sonora nacional
Capa: Cláudia Abreu
Trilha sonora internacional
Capa: Fábio Assunção
Referências
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