Luís Montenegro nasceu no Porto. Casado com Carla Montenegro (técnica superior de educação numa IPSS em Espinho, que se dedica a realização de projetos junto de comunidades vulneráveis ao risco social)[4], tem dois filhos.[5]
Em termos autárquicos, foi membro e presidente da Assembleia Municipal e vereador na Câmara Municipal de Espinho, e desempenhou as funções de deputado na Assembleia Metropolitana do Porto.
Na Assembleia da República foi vice-presidente e presidente do Grupo Parlamentar do PSD, membro de várias comissões parlamentares, presidente da Subcomissão de Administração Interna, membro da Delegação Portuguesa à Assembleia Parlamentar da NATO, coordenador do grupo parlamentar do PSD na Comissão de Assuntos Constitucionais e na Comissão de Defesa Nacional.
Em 2008, foi noticiado que tinha sido iniciado na maçonaria, na Loja Mozart, pertencente à Grande Loja Legal de Portugal. No entanto, a sua iniciação nunca foi formalizada em qualquer documento da Grande Loja Legal de Portugal. Luís Montenegro nega ser maçon ou ter qualquer ligação à maçonaria.[6][7][8]
Foi eleito presidente da bancada parlamentar do PSD em junho de 2011, após a vitória relativa do PSD de Pedro Passos Coelho nas legislativas de 2011. Em outubro de 2015, foi novamente eleito líder da bancada parlamentar, após a coligação Portugal à Frente (PSD-CDS) ter vencido as eleições legislativas de 2015, mas sem obter a maioria dos votos válidos nem eleger deputados suficientes para formar uma maioria parlamentar, tendo então o Partido Socialista estabelecido Declarações Conjuntas com os partidos à sua esquerda para formar uma maioria parlamentar,[9] crismada por Paulo Portas como “Geringonça”. Ocupou esse cargo durante a XIII Legislatura, em que o governo do país estava entregue à Coligação PSD-CDS, e na XII legislatura, até anunciar a sua saída do Parlamento em junho de 2017.[10]
Em janeiro de 2020, candidatou-se à liderança do PSD, contra o então presidente Rui Rio, e contra Miguel Pinto Luz. Conseguiu levar as eleições para uma inédita segunda volta, após nenhum dos candidatos ter obtido mais de 50% dos votos. Na segunda volta, saiu derrotado para Rui Rio, por só dois mil votos de diferença.[12]
Após o PSD ter obtido um mau resultado nas legislativas de 2022, o então líder Rui Rio anunciou que sairia do partido e que desencadearia eleições para eleger um novo presidente.[13] Anunciou a sua candidatura a 6 de abril de 2022, na sede do partido.[14] Pouco mais de duas semanas depois, entrava outro candidato na corrida, o ex-ministro Jorge Moreira da Silva.[15]
As eleições foram a 28 de maio de 2022, acabando por ser eleito líder do partido com uma vitória esmagadora sobre Jorge Moreira da Silva.[16]
Presidente do Partido Social Democrata
Tomou posse no 40.º congresso do PSD, nos dias 1, 2 e 3 de julho de 2022, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.[17]
Em setembro de 2022 começou com o projeto "Sentir Portugal", passando uma semana de cada mês num distrito do país.[18]
A liderança de Montenegro conseguiu voltar a unir o partido, que, após a saída de Pedro Passos Coelho, em 2018, estava em permanentes lutas internas, principalmente durante a liderança de Rui Rio.[19]
Luís Montenegro apresentou um programa para a habitação, controlar a inflação, acolhimento/integração regulada de imigrantes, baixa de impostos, etc.[20]
No dia 14 de abril de 2023, Montenegro excluiu, numa entrevista à CNN Portugal, o Chega de qualquer tipo de acordo com um governo do PSD, desfazendo um tabu que durou mais de 9 meses.[21] Essa posição foi reforçada no dia 26 de abril de 2023, no Conselho Nacional do partido, em que Luís Montenegro referiu o seguinte:
Nós no PSD, nunca governámos, nem vamos governar, nem com o apoio da extrema-esquerda nem com o apoio da extrema-direita.
Numa referência direta ao Chega, Montenegro enterrou o assunto, recusando qualquer tipo de acordo com o Chega.[22]
Antes das eleições legislativas antecipadas, em relação a fazer uma coligação ou acordos de governo com o Chega, Montenegro disse uma frase que se tornaria célebre:
Não é não!
O assunto ficou assim definitivamente encerrado. A vitória eleitoral da Aliança Democrática, a 10 de março de 2024, reafirmou a sua posição.[23]