Marcon (político) Nota: Não confundir com Mauricio Marcon.
Dionilso Mateus Marcon (Ronda Alta, 21 de setembro de 1964), mais conhecido como Marcon, é um agricultor assentado da reforma agrária pelo MST e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Atualmente exerce seu terceiro mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul.[1] Até junho de 2021, Marcon divergiu do governo Bolsonaro em 79% das vezes nas votações da câmara.[2] BiografiaDionilso Marcon nasceu no município gaúcho de Ronda Alta em 1964 e é filho de Antonio Marcon e Celia Marcon. Foi diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Ronda Alta entre 1987 e 1987, Coordenador da Pastoral da Juventude (PJ) de Passo Fundo entre 1988 e 1989, dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entre 1994 e 1998 e presidente da Cooperativa Central dos Assentados do Rio Grande do Sul (COCEARGS) entre 1996 e 1998. Elegeu-se deputado estadual em 1998, reelegendo-se mais duas vezes.[1] Deputado federalNa eleição de 2010, o PT elegeu Tarso Genro como governador, enquanto Marcon se elegeu pela primeira vez deputado federal.[3] Nesse primeiro mandato na câmara, ele divergiu dos ruralistas nas votações sobre o Novo Código Florestal.[4][5] Foi contrário ao projeto que não previa a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação.[6] Em 2011 ele não se posicionou sobre a proposta de aumento do salário mínimo para R$ 600 (o governo Dilma havia proposto R$ 545).[7] Votou a favor da expropriação de imóveis onde houver trabalho escravo (destinando-os à reforma agrária ou a programas de habitação popular)[8] e contra a PEC do orçamento impositivo.[9] Na eleição de 2014, o PT tentou a reeleição de Tarso ao governo do estado sem êxito, enquanto Marcon se reelegeu deputado federal.[3] Nesse segundo mandato, ele cronologicamente votou contra o PL 4330 da Terceirização;[10] contra o Impeachment de Dilma (PT);[11] a favor da cassação de Eduardo Cunha (PMDB);[11] contra desobrigar a Petrobras de participar de todos os blocos de exploração do pré-sal;[11] contra a PEC do Teto de Gastos;[11] contra a Reforma Trabalhista;[11] a favor de assegurar a prática da vaquejada como manifestação cultural (na 2º turno);[11] contra a rejeição das denúncias contra Michel Temer (PMDB);[11] contra a MP da reforma do FIES[11] e contra a intervenção federal na segurança do RJ.[11] Marcon esteve ausente nas votações sobre as Medidas Provisórias 664 e 665 (de ajuste fiscal propostas por Dilma Rousseff) relativas à pensão por morte e ao seguro desemprego respectivamente[12][11] e na votação da reforma do ensino médio.[11] Na eleição estadual de 2018, o PT teve Miguel Rossetto como candidato ao governo do estado (não chegando ao segundo turno), enquanto Marcon se reelegeu deputado federal.[3] Em seu terceiro mandato na câmara, ele cronologicamente votou contra a MP 867 (que segundo ambientalistas alteraria o Código Florestal anistiando desmatadores);[13] a favor de criminalizar responsáveis por rompimento de barragens;[14] contra a PEC da Reforma da Previdência e a favor de excluir os professores nas regras da mesma;[14] contra a MP da Liberdade Econômica;[14] a favor de alteração no Fundo Eleitoral;[14] a favor de aumento do Fundo Partidário;[15] contra cobrança de bagagem por companhias aéreas;[14] contra o PL 3723 que regulamenta a prática de atiradores e caçadores;[14] a favor do "Pacote Anti-crime" de Sergio Moro;[14] contra o Novo Marco Legal do Saneamento;[14] a favor de redução do Fundo Eleitoral;[14] contra a suspensão do mandato do deputado Wilson Santiago (PTB/PB), acusado de corrupção;[14] a favor de ajuda financeira aos estados durante a pandemia de COVID-19;[14] contra a MP 910 (conhecida como MP da Grilagem);[16] contra a flexibilização de regras trabalhistas durante a pandemia;[14] contra o congelamento do salário dos servidores;[14] contra a anistia da dívida das igrejas;[17] a favor da convocação de uma Convenção Interamericana contra o Racismo;[14] duas vezes contra destinar verbas do novo FUNDEB para escolas ligadas às igrejas;[18][19] contra a autonomia do Banco Central;[14] a favor da manutenção da prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL/RJ);[14] contra a validação da PEC da Imunidade Parlamentar;[20] contra a PEC Emergencial (que trata do retorno do auxílio emergencial por mais três meses e com valor mais baixo);[14] contra permitir que empresas possam comprar vacinas da COVID-19 sem terem que doar ao SUS;[14] contra classificar a educação como "serviço essencial" (possibilitando o retorno das aulas presenciais durante a pandemia);[21] contra acabar com o Licenciamento Ambiental para diversas atividades;[14] a favor da suspensão de despejos durante a pandemia;[14] contra a privatização da Eletrobras[14] e a favor de dificultar a punição por improbidade administrativa.[22] Marcon esteve ausente na votação do Contrato Verde e Amarelo.[14] Desempenho eleitoral
Referências
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