Sesócris
Sesócris (em grego clássico: Σέσωχρις; romaniz.: Sésochris) ou Nefercasocar (Neferkasokar;[1] lit. "bela alma de Socáris" ou "a alma de Socáris está completa") foi um faraó que pode ter governado o Egito durante a II dinastia. Muito pouco se sabe sobre ele, uma vez que não foram encontrados registros arqueológicos coetâneos. Em vez disso, seu nome foi encontrado em fontes posteriores.[2] Fontes dos nomeSesóstris aparece na Tabuleta de Sacará da tumba do sumo sacerdote Tjuneroi como sucessor de Neferquerés I e antecessor de Hudjefa I no nono cartucho[3] e no Cânone de Turim como sucessor de Neferquerés e antecessor de Hudjefa. Seu cartucho pode ser achado na coluna III, linha 1. O papiro de Turim o registra com um reinado de oito anos e três meses.[4] Além disso, o seu nome aparece num selo de esteatita de origem incerta. A inscrição tem o nome do faraó duas vezes dentro dos cartuchos; o primeiro mostra o nome do deus Socáris no topo, enquanto o segundo coloca a sílaba Neferca acima do teônimo. A inscrição orientadora diz Meri-netjeru, que significa "amado dos deuses". Esse título foi comum a partir do Reino Médio, portanto, o selo do cilindro provavelmente não se originou na II dinastia. Muitos egiptólogos datam o objeto na XIII dinastia. Alguns egiptólogos também questionam a autenticidade do selo.[5] Sesócris também desempenha papel importante num papiro originário do Reino Médio, preservado no papiro pWien D6319.[6] Dentre seus assuntos há a estória que os escribas reais, sob supervisão do príncipe Djedefor, descobriram antigo documento numa câmara esquecida que foi selada por Sesócris. O papiro descoberto continha o relatório de uma fome que afetou o Egito por sete anos e Sesócris foi instruído por um oráculo celestial através de um sonho para restaurar todos os templos egípcios. Quando terminou sua missão com sucesso, o Nilo começou a fluir normalmente novamente. Como resultado, emite um decreto que é redescoberto pelo príncipe Djedefor.[7] Por fim, seu nome helenizado, Sesócris, provém da Egiptíaca de Manetão.[1] ReinadoMuito pouco se sabe sobre o reinado de Sesóstris. Egiptólogos como Iorwerth Eiddon Stephen Edwards e Walter Bryan Emery pensam que governou apenas no Baixo Egito, já que seu nome apareceu na lista de Sacará, mas está ausente na lista real de Abidos, e a primeira reflete só as tradições menfitas. Pensa-se que reinou na época em que Peribessene e Sequemibe governaram no Alto Egito. A suposição seria consistente com a visão de vários egiptólogos de que naquele tempo o Egito estava dividido em duas partes. A teoria de um reino dividido desde o final do reinado de Binótris é baseada num estudo do nome de Peribessene, cujo nome está ligado à divindade ombita Seti para mostrar que veio de Ombo e governou uma área que a incluía. O próprio Peribessene é contemporaneamente documentado em materiais achados na região tinita, mas foi excluído da documentação associada aos menfitas. Seu caso é, assim, correspondente ao de Sesócris, mas para o Baixo Egito. Os antecessores de Sesócris podem ter sido Setenés e Neferquerés e seu sucessor pode ter sido Hudjefa.[8][9][10][11] Referências
Bibliografia
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