Faraó é um título de nobreza, dado aos reis com estatuto de deuses no Antigo Egito, proveniente da versão grega da Bíblia que aparece sob a forma pharâo, que derivou da expressão egípcia per-aá (lit. "a grande casa") que se referia ao palácio real, sede do poder. Os antigos egípcios não usaram per-aá para se referirem ao soberano durante a maior parte da sua história, usando em vez disso termos como nesu (lit. "rei") ou neb (lit. "senhor"). Contudo, a tradição consagrou o uso da palavra faraó para se referir aos reis do Antigo Egito.
Esta é uma lista de faraós organizada cronologicamente e por dinastias, oriunda de diversas fontes e sujeita a discussão, sobretudo no que diz respeito aos períodos históricos mais obscuros. Não existe uma concordância em torno da cronologia correspondente a cada reinado pelo que se optou por apresentar diferentes datas propostas por diversos especialistas.
O Reino do Baixo Egito se localizava no norte, na região do Delta do Nilo. Tinha por capital o nome de Buto e seu soberano cingia a Coroa Vermelha.
Menés - Menés, personagem lendário e apontado como unificador do Egito, se tornou o primeiro faraó. A capital era, segundo alguns autores, Mênfis, e segundo outros, Tinis, nas proximidades de Abidos. Menés é identificado com Narmer, representado, num relevo de Hieracômpolis, com as duas coroas dos reinos unificados. As primeiras dinastias eram denominadas tinitas por terem a capital em Tinis.
Esta dinastia é composta pelos soberanos que governaram a região do Delta do Nilo antes da unificação. Ela não existe na Lista Real de Manetão, apenas na Pedra de Palermo, e possuí alguns vestígios arqueológicos. A seguinte lista pode não estar completa:
Reinou em Hieracômpolis. Na sua tumba de Abidos, se encontraram jarras cilíndricas de cerâmica donde figura seu nome: Hórus Ka. A sua posição cronológica é incerta.[8]
(Nota: A tradução das listas de faraós pelo grego Manetão levou a que vários dos nomes fossem modificados por este autor para uma forma mais legível para os gregos, listada abaixo sob o nome original. As datas mencionadas correspondem a períodos dentro dos quais podem ter governado.)
Unificador do Alto e Baixo Egito. Manteve relações com a Fenícia, fez guerra contra a Líbia e a Núbia, iniciou a construção de Mênfis, canais e barragens no Nilo. Pensa-se ser a mesma pessoa que Menés e/ou Escorpião II.
Tradicionalmente confundida com um governante masculino, terá sido esposa de Narmer e regente em nome de Atótis.[11] Contudo, estudos mais recentes comprovam que poderia ser, ao invés, casada com Atótis e regente do faraó seguinte, Quenquenés. Pode ter sido também rainha por direito próprio. Se assim for, é das primeiras mulheres (senão a primeira[12]) a assumir o poder na História.
Também chamado Zer ou Sekhty. A forma grega (Uenefés) advém do seu nome dourado, In-nebw. O seu nome e titulatura surgem na Pedra de Palermo. Fez-se enterrar com grande parte de sua corte. A sua tumba viria a ser mais tarde erradamente considerada a lendária tumba de Osíris.
Também designada Merite-Neite. Regente ou provavelmente rainha por direito próprio. Se assim for, é das primeiras mulheres a assumir o poder na História.
Também designado Udimu ou Dewen. A forma grega (Quenquenés) advém do seu nome de nascimento, Qenqen.[15] É o primeiro faraó que surge representado com as Coroas do Alto e do Baixo Egito.
Também designado Seneferka, Neferseka ou Sekanefer. Faraó pertencente à Dinastia I, mas de posição cronológica incerta. Sabe-se que teve um reinado curto.
(Nota: A tradução das listas de faraós pelo grego Manetão levou a que vários dos nomes fossem modificados por este autor para uma forma mais legível para os gregos, listada abaixo sob o nome original. As datas mencionadas correspondem a períodos dentro dos quais podem ter governado.)
Também designado Raneb. A forma grega (Queco) advém do nome encontrado num cartucho seu, Kakaw. Primeiro faraó a incluir o nome Rá (o nome do sol) na sua onomástica. Pode ser o mesmo que Weneg.
Atestado apenas em listas de reis. O seu nome na verdade é uma expressão que denuncia que já no tempo da elaboração daquelas listas se desconhecia o nome do faraó (nome equivalente a desconhecido).
O seu nome de sereque é único, já que combina os nomes de Hórus e Seti, tradicionais e mitológicos adversários. Sufoca outra rebelião de forma sangrenta. Consolidação definitiva da unificação egípcia em c. 2 690 a.C.
Irmão ou filho do anterior, projetou uma pirâmide escalonada em Sacara, e conhece-se ainda uma rocha com inscrições do seu reinado em Uadi Magaré, na Península do Sinai. Na pirâmide referida, inacabada, encontraram-se os restos de uma criança de dois anos.[28]
Terá construído, provavelmente uma pirâmide inacabada. Possivelmente identificável com Huni. A ele se atribui a pirâmide estratificada inacabada em Zauieteel-Ariã.
Desconhece-se a sua ligação aos monarcas anteriores e posteriores. Admite-se que o seu sucessor, Sneferu, fundador da Dinastia IV, seria seu filho, mas na realidade não se consegue atribuir alguma filiação a este faraó. Atribuiu-se a ele, por muito tempo, a construção da pirâmide de Meidum, mas atualmente há consenso no facto que terá sido o seu sucessor, Sneferu, a construir esta pirâmide.
Construiu as grandes pirâmides de Dachur (designadas Pirâmide Curvada e Pirâmide Vermelha), terminou a de Meidum (obra dele e não do seu antecessor, como se pensava) e várias outras de menor envergadura. Financiou expedições bélicas contra a Núbia e a Líbia. Pensa-se que poderá estar enterrado na Pirâmide Vermelha de Dachur.
A ele é creditado a construção da Grande Pirâmide de Gizé e do complexo funerário anexo. As fontes contemporâneas descrevem-no como um governante generoso e piedoso, mas os gregos, pelo contrário referem-no como um governante cruel. É o protagonista do célebre Papiro Westcar.
Alguns egiptólogos acreditam que terá construído a célebre Grande Esfinge de Gizé, monumento em honra ao falecido pai. Terá construído também uma pirâmide em Abu Rauas, embora hoje já não esteja intacta pelo facto de os romanos terem reciclado os materiais da construção para outros fins.
Chegou ao poder com a ajuda dos sacerdotes de Heliópolis, e ordenou doar muitas terras e bens ao clero. Construiu uma pirâmide em Sacara, e ainda o primeiro templo solar em Abusir. Estabeleceu as primeiras relações com os povos do Mar Egeu.
Desconhece-se a sua relação com os faraós anteriores. Provavelmente a ligação reside na esposa, que fora mulher do seu antecessor. Reformou a administração. Foi o faraó da dinastia com o reinado mais longo. Criou o cargo de vizir do Sul para o Alto Egito. Foi o seu vizir Ptaotepe o compositor das Máximas de Ptaotepe.
O seu longo reinado viu a decadência do poder real. O seu reinado, provavelmente de 94 anos, foi tradicionalmente visto como o mais longo da História da Humanidade. Contudo, há especialistas que preferem reduzir a extensão para 64 anos.
Segundo fontes mais recentes, o nome de Nitócris (uma suposta rainha-faraó) seria uma forma corrompida de Netjercaré, que seria um faraó masculino. Nasceria assim uma lenda em torno de uma rainha-faraó deste período que provavelmente não existiu.
O Primeiro Período Intermediário consistiu num período de turbulência, cujo início marcou o final do Império Antigo, e após o qual se fundou o designado Império Médio.
O Império colapsou rapidamente após a morte de Pepi II, que reinara entre 64 e 94 anos, provavelmente, neste último caso, mais que qualquer outro monarca na História. A sua idade avançada nos seus últimos anos de reinado e vida levou a uma grande ineficiência administrativa que acabou por ser a causa principal do desabamento da união do Alto e Baixo Egito, que se separariam pela primeira vez neste período de caos: surgiram vários líderes regionais e surgiu uma grande epidemia de fome.
Os reis das dinastias VII e VIII tentaram manter o seu poderio em Mênfis, mas deviam-no muito a poderosos magnates. Após 20 ou 45 anos foram depostos por uma nova linhagem de faraós, sediada em Heracleópolis Magna, que formaram as dinastias IX e X. Pouco tempo após, uma outra linhagem rival ascendia em Tebas, revoltada com os suseranos nortenhos, unindo o Alto Egito, a dinastia XI. Por volta de 2055 a.C., Mentuotepe II, desta última dinastia, derrotou a rival e reuniu as duas Terras, dando início ao Império Médio.
Governando por 20 ou 45 anos, estes monarcas detinham um poder muito limitado, dada a divisão dos Reinos e a evolução administrativa para um sistema feudal. Referente à dinastia VII, Manetão refere a existência de setenta reis em setenta dias, o que pretende aludir à instabilidade política. Conhece-se pouco sobre os reis desta dinastia.
O mesmo para a dinastia VIII. Muitos tomam o nome Neferircaré, possivelmente em referência ao rei Pepi II.
Mencionado na Lista Real de Abidos, no Cânone de Turim e em grafitos na Núbia. Foi enterrado em Sacará, onde construiu uma pirâmide com inscrições, os últimos Textos das Pirâmides conhecidos.
Sediadas nesta cidade, a dinastia X foi a herdeira da sede da dinastia IX, uma vez que após a queda da IX, um grupo local tomou o poder e fundou a X. Com 18 reis somados entre as duas, segundo o Papiro de Turim (ao qual faltam, destes 18, 12 nomes), governaram num período que se estendeu de 2160 a.C. a 2040 a.C., tendo a mudança de dinastia ocorrido por volta de 2130 a.C.. Desconhece-se qual o último rei da dinastia X, mas conhece-se o primeiro da dinastia X.
Tendo Antefe, o Velho, por fundador, a família constituiu-se na Dinastia XI a partir de 2130 a.C., e eventualmente acabaria por reunir todo o Egito sob Mentuotepe II. Desta forma, a dinastia divide-se entre o fim do Primeiro Período Intermediário e o começo do Império Médio.
Faraó obscuro, do qual pouco se sabe, estando inclusive ausente de várias listas de reis. Desconhece-se a localização da sua tumba. Pode ter sido deposto pelo seu vizir, que fundaria uma nova dinastia.
Faraós obscuros ausentes das listas de reis. Desconhecem-se os locais das suas tumbas. Atestados somente na Baixa Núbia, tratam-se provavalmente de chefes núbios que usurparam o trono egípcio por um período muito curto, que coincidiu com o final da Dinastia XI e/ou o início da Dinastia XII.
Com a queda da Dinastia XII, iniciou-se um novo período de turbulência que levou a mais uma divisão do Egito. A Dinastia XIII, que sucedera após a queda da XII, era muito mais fraca e não soube defender bem o Egito dos numerosos ataques estrangeiros. Devido a isto, de uma família nobre residente em Xois (no Delta do Leste) emergiu a Dinastia XIV, que governou a área em simultâneo com a XIII no resto do país.
Os hicsos apareceram pela primeira vez no reinado de Sebecotepe IV, e por volta de 1720 a.C. tomaram a cidade de Ávaris para si, tomando grande parte das terras da Dinastia XIV. Deste território agora hicso emergiu a Dinastia XV. Em 1650 a.C. estes invasores conquistavam Mênfis e punham fim à XIII dinastia. A confusão política que então se instalou deu azo à subida de uma Dinastia XVI, que declarou a sua independência possuindo algumas terras e instalando a capital em Tebas. Também esta dinastia foi derrubada pelos estrangeiros. Os Hicsos foram derrubados pela recém-proclamada Dinastia XVII, e só Taá II e seus descendentes foram capazes de os afastar até à Ásia. Surgiria assim um novo período de paz e prosperidade sob a Dinastia XVIII.
A ordem dos reis e as datas dos reinados dos faraós deste período variam conforme os especialistas. A maior parte destas datas são desconhecidas e/ou incertas.
Esta dinastia é talvez uma das mais debatidas pelos egiptólogos, já que vários deles apresentam soluções diferentes para a ordem de reinado dos faraós.[42][falta página][43][falta página][44][45][46] A posição dominante tomada nesta lista é a de Kim Ryholt, embora não se descartem outras hipóteses.
Provavelmente filho de Amenemés IV.[42][falta página] Com um reinado bem documentado, terá sido o fundador da dinastia, segundo estudos mais recentes. Contudo, perante outros egiptólogos, cabia a Ugafe este papel fundador.[46] A primeira hipótese parece ser no entanto a dominante.[44]
A dinastia XIV nasceu por volta de 1805 ou 1710 a.C., como oponente da Dinastia XIII, e teve por capital Ávaris, a leste do Delta. Incluiu vários faraós de origem semita. Tal como a sua concorrente, a dinastia XIV é também muito debatida pelos egiptólogos[42][falta página][43][falta página][44][45][46] A posição dominante tomada nesta lista é a de Kim Ryholt, embora não se descartem outras hipóteses. Segundo este egiptólogo, a dinastia ascendeu ao poder ainda no reinado da rainha Esquemíofris.
Por seu lado, a dinastia XV, de origem hicsa, ascendeu na consequência da sua invasão no Egito e da turbulência política que na época assolava o Império. Estes reis hicsos governaram entre aproximadamente 1650 - 1550 a.C.. Os reis desta dinastia terão ascendido após conquistarem a capital da Dinastia XIV, Ávaris. Mais tarde derrubariam a Dinastia XIII e também a Dinastia XVI. A ordem dos reis apresentada pode não corresponder à real ordem de sucessão, difícil de estabelecer.
Posição incerta, dada aqui segundo Ryholt. Pode ter sido, em alternativa, um hicso que ascendeu precocemente a rei, ou então pertencente à Dinastia XV.
Também designado Uazede, Uadijede, Uasa ou Uatechede. Poderá ter pertencido à Dinastia XV, ou em caso de ter pertencido à XIV, ser a mesma pessoa que Merdijefaré ou Seebré.[42][falta página]
Também designado Iacuber, Iacubar, ou Iaque-Baal.[50] Sabe-se que governou durante o Segundo Período Intermediário, embora se desconheça se viveu no século XVII ou XVI a.C., ou se governou na dinastia XIV ou XV. Poder ter sido inclusive vassalo dos hicsos.
O Segundo Período Intermediário pode-se incluir uma nova dinastia que terá governado a partir de Abidos, entre c.1650 e c.1600 a.C.[51][52][53] Pelo menos quatro monarcas podem ser encaixados nesta dinastia, dado o desconhecimento da sua posição cronológica.
Tumba descoberta em 2014.[57][58][59][60] Provavelmente identifcado com um Uoser[...]reno Cânone de Turim.
As Dinastias XVI e XVII: nativos com sede em Tebas
A dinastia XVI, com origem tebana, ascendeu na consequência do colapso da Dinastia XIII, cuja sede em Mênfis acabaria anexada aos hicsos da Dinastia XV por volta de 1650 a.C.. A Dinastia XVI acabaria também por sucumbir ao então apogeu hicso, por volta de 1580 a.C.
Já a dinastia XVII parece ter reconquistado aos hicsos a capital da dinastia XVI, já que volta a sediar-se em Tebas. Fundada por volta de 1580 a.C., aquando da extinção da dinastia XVI, foi a que de facto expulsou os invasores hicsos, por volta de 1540 a.C.
Até 2012 sempre se considerou que este faraó se chamava Taá, O Antigo. Porém, descobertas neste ano revelaram que o verdadeiro nome do faraó era Amósis, como o seu neto fundador da Dinastia XVIII.
A segunda mulher-faraó do Egito seguramente atestada (depois de Esquemíofris), governou com o sobrinho-enteado, Tutemés III. Presenciou o zénite do poder egípcio. Célebre pela expedição a Punte, construiu ainda vários templos e monumentos.
Governou em conjunto com a tia Madrasta, Hatexepsute. Após a morte desta, prolongou o zénite do poder egípcio, liderando mais de 17 campanhas que alargaram de forma proeminente o Egito, desde Niya, na Síria do Norte, até à Quarta Catarata do rio Nilo, na Núbia. É possível que tenha tentado apagar o nome de Hatexepsute dos seus monumentos e templos.
AqueperuréAmenófis II (՚3 ḫprw r՚ jmn-ḥtp, yamānuḥātap) (Mephramuthosis, Misphragmuthosis, Mispharmutosis[10])
Fundador do Período de Amarna, substituindo o culto egípcio tradicionalmente politeísta pelo atonismomonoteísta, que se baseava na veneração de Atom, o Sol, como único deus. Trasladou a capital do Império para Aquetaton, cidade depois conhecida como Amarna. A alteração na religião oficial chegou ao ponto de o monarca alterar o seu nome de Amenófis (Amom está satisfeito) para Aquenáton (o espírito atuante de Atom).
Faraó misterioso que governou no final do Período de Amarna. O debate é grande: pode ter sido filho ou irmão de Akhenaton, ou mesmo uma mulher. Neste caso poderia tratar-se de Nefertiti ou da sua filha Meritaton.
Anqueperuremeri-Neferqueperuré/ Meriuaenré/ Meriatom Neferneferuatom (՚nḫ.t ḫprw r՚ mri w՚ n r՚ nfr nfr w itn)
Rainha-faraó misteriosa que governou no final do Período de Amarna, sendo provavelmente idêntica a Semencaré, o que consequentemente faria dela idêntica a Nefertiti ou a sua filha Meritaton.
Nasceu na nobreza, mas não na realeza. Provavelmente o pai de Nefertiti. Foi grão-vizir de Tutancâmon e sucedeu-o no trono após a sua morte sem descendência.
General no Período de Amarna, quando subiu ao trono em 1320 a.C. (apesar de o herdeiro, vivo, ser um outro militar, Nactemim), vandalizou várias imagens e construções dos faraós do Período de Amarna.
julho ou agosto de 1213 a.C. Pi-Ramessés c.89-90 anos
Organizou várias expedições ao Levante, reafirmando a supremacia egípcia na região de Canaã, e continuando a expansão do Império Egípcio, que culminou na Batalha de Cades contra os hititas em 1275 a.C., e no consequente Tratado de Cades tratado de paz entre as duas potências.
Banenré MeriamomMerneptá (b3 n r՚ mri imn mri n pht) (Ammenephthés[10])
Meia-irmã e esposa de Seti II, sucede ao também seu meio-irmão, Siptah. Provavelmente incapaz de manter a ordem, foi deposta por uma revolta popular chefiada por Setenaquete.
Apesar de não estar relacionado com Seti II, Siptah ou Tausret, e não reconhecer a legitimidade dos dois últimos, poderá ser descendente de Ramessés II.
Usermaetré MeriamomRamessés III (wsr m3՚t r՚ mr imn r՚ ms sw)
Durante o seu reinado, o Egito divide-se novamente, dando início a uma nova fase de problemas internos: os sacerdotes de Amom estabelecem e a partir de 1080 a.C. uma capital em Tebas, onde governam como monarcas.
Após novo colapso do Império Egípcio, por volta de 1080 a.C., emergiu em Tânis a nativa dinastia XXI, que fez frente aos sumos sacerdotes de Amom, que, na consequência de uma revolta, haviam ascendido ao poder, fundando uma dinastia sacerdotal em Tebas. Embora não se considerando faraós, foram encontrados os seus nomes em cartuchos e eram enterrados em túmulos reais. Pareciam estar ligados aos faraós da dinastia sua opositora, já que existem alguns faraós da Dinastia XXI que se poderão identificar como sacerdotes ou filhos destes. Esta prerrogativa do clero durou até 943 a.C, coincidindo sensivelmente com a extinção da Dinastia XXI.
Por essa altura o Egito foi invadido pelos líbios, que fundaram duas dinastias: a XXII e a XXIII, que foram marcadas pelo conflito e repletas de usurpações de poder.
Surgiu mais tarde, uma dinastia nativa, a XXIV, no Delta Oeste. Por volta dessa altura, no entanto, o Egito sofre novo impacto: a chegada dos núbios, que haviam fundado um reino a sul, com capital em Napata (656–590 a.C.) (e depois em Meroé (590 a.C. – séc. IV d.C.).). Os ocupantes instalaram-e também em Tebas e fundaram a Dinastia XXV, mas acabariam expulsos pelos saítas da Dinastia XXVI, em 653 a.C.
Também designado Pasebaqueniute I. Filho de Pinedjem I, sumo-sacerdote de Amom. É famoso pelo seu túmulo intacto em Tânis, em prata, que o tornou conhecido como O Faraó de Prata. Foi dos faraós mais poderosos da dinastia.
Primeiro Sacerdote a reclamar dignidade régia. Governou a partir de Tebas, ainda nos últimos anos do reinado de Ramessés XI, que governava em Pi-Ramessés.
Também designado Pasebacaenuite III. Possivelmente a mesma pessoa que Psusenés II. Ele ou Pinedjem II são considerados os últimos sacerdotes a considerarem-se faraós.
Reunificou o Egito em 653 a.C. Filho de Necao I e pai de Necao II.
Época Baixa (664-332 a.C.)
Apesar da expulsão de Líbios e Núbios, que marcaram o final do Terceiro Período Intermediário, o Egito nunca mais se livrou de investidas estrangeiras: por duas vezes ainda se viu ocupado pelo Império Aqueménida antes de se integrar no mundo greco-romano.
Continuou a interferência na política judaica. Fugiu do Egito em 570 a.C., após a proclamação do general Amósis como faraó na sequência de uma guerra civil.
Governou apenas seis meses antes de enfrentar a invasão persa, que culminou na Batalha de Pelúsio, na qual foi capturado por Cambises II da Pérsia, e levado acorrentado para Susã, onde acabou executado.
O Egito foi conquistado pelo Império Persa em 525 a.C., constituindo uma satrapia que integrou o Império até 404 a.C.. Os XásAqueménidas do período de dominação foram reconhecidos como faraós, formando-se assim a Dinastia XXVII. A dominação foi pontuada por várias revoltas egípcias.
Primo de Ciro II da Pérsia, dado que o bisavô de Dário, Ariarâmenes, era irmão de Ciro I, avô de Ciro II. Governou o Império no seu auge, numa extensão que incluía, para além da Pérsia em si (Sudoeste Asiático) e o Egito (Nordeste e outras porções no norte de África), o Cáucaso, partes dos Balcãs (Trácia-Macedónia e Peónia), uma boa parte das costas do Mar Negro, Ásia Central até ao Vale do Indo[71]. Dário organizou e dividiu o seu império em regiões administrativas (ou satrapias), introduziu um sistema monetário uniformizado, reformou estradas, introduziu medidas padrão de pesos e medidas e fez do aramaico a língua oficial do Império, contribuindo para a centralização e unificação do mesmo, que se verificou ainda no seu reinado.[72]
Governou o Império no seu auge. Apesar de falhar as suas investidas na Grécia, em 480 a.C., conseguiu temporariamente uma pequena porção territorial a norte do Istmo de Corinto.[73][74] Contudo, o ganho foi revertido nas batalhas perdidas de Salamina e Plateia. Esmagou ainda revoltas na Babilónia e no Egito. Foi assassinado pelo chefe da guarda imperial.
Esmagou mais um revolta no Egito. Para derrotar os atenienses, na Grécia, apoiou os seus inimigos, estratégia que levou a uma nova batalha, e posteriormente à Paz de Cálias (449 a.C.), entre a Pérsia e as cidades gregas de Argos e Atenas.
Instruiu os seus sátrapas a fazerem uma aliança com Esparta contra Atenas. Esmagou uma rebelião dos Medos. Após a sua morte, o Egito libertou-se do controlo persa.
Descendente da Dinastia XXVI. Após uma primeira tentativa frustrada em 411 a.C., levou a cabo nova insurreição que libertou o Egito da invasão persa. Contudo não deixou descendência.
Governou provavelmente com o pai por três anos, antes de ascender ao trono. Durante uma campanha contra os Persas, deixou o Egito a cargo do seu irmão, o príncipe Tjaapimu, que, aproveitando-se da impopularidade do irmão, orquestrou a sua deposição, e a aclamação do seu próprio filho, Nectanebo.
Neto de Nectanebo I. No seu reinado, o Egito sofreu uma nova invasão persa, durante a qual foi deposto, Faleceu pouco depois. Nectanebof II ficou conhecido por ter sido o último monarca nativo do Egito.
Neto materno de Artaxerxes II da Pérsia. Perdeu o Egito para a Macedónia em 332 a.C.. Acabou derrotado na Batalha de Gaugamela (331 a.C.) da qual conseguiu fugir. Não sobreviveu porém muito mais tempo.
(Nota: Numerar os faraós desta dinastia é uma invenção moderna: os gregos distinguiam-nos pelo epíteto ("Filopátor") ou cognome ("Auleta"). A numeração mostrada abaixo é consensual no momento. Contudo, já foi bastante debatida, sobretudo no século XIX, sobre quais dos monarcas deveriam ser contados como reinantes. Como as fontes mais antigas poderem dar numerações mais altas ou mais baixas, os epítetos tornam-se, na verdade, a forma mais confiável para determinar o monarca a que se referem as fontes. Os epítetos gregos estão na sua forma original.)
Nome
Imagem
Nascimento
Governo
Consorte
Morte
Notas
Setepenré meriamomPtolemeu I Soter (Πτολεμαῖος Σωτήρ) (ptwꜢlwmys, Petualumys)
General de Alexandre O Grande, fundou uma dinastia própria no Egito. Após a morte de Antígono Monoftalmo, reconquistou a Síria e o Chipre. Ficou conhecido como Sóter, ou Salvador
Período áureo da dinastia, com a corte de Alexandria no seu esplendor material e literário. Por ter desposado a irmã, ficou conhecido como Filadelfos, Amado pelo(a) Irmã(o).
Governou o Egito em conjunto com o esposo. Provavelmente por instigação da cunhada, Arsínoe, foi acusada pelo marido de conspirar contra ele, e acabou exilada.
Quenenmetibenmaete Netejeru Arsínoe II Filadelfos (Αρσινόη B’ Φιλάδελφος) (ir-si-nꜢt, Irsinate)
Depois de conspirar contra a cunhada, casou com o próprio irmão e governou o Egito com ele. O seu papel como rainha inspirou as suas sucessoras: surgia o irmão em atos públicos, partilhava todos os títulos com ele e contribuía para a política externa. Por ter desposado o irmão, ficou conhecida como Filadelfos, Amado pelo(a) Irmã(o).
Iuaensenuinetejerui setepenré sequemanquenamimPtolemeu III Euergetes (Πτολεμαῖος Εὐεργέτης) (ptwꜢlwmys, Petualumys)
Governou o Egito em conjunto com o esposo. Além de uma notável administradora, era conhecida como excelente amazona, tendo mesmo entrado em batalhas. Participou nas Olimpíadas por volta de 243 a.C., onde venceu uma corrida de quadrigas. Foi assassinada pelo filho e sucessor, Ptolemeu IV. Ficou conhecida como Evérgeta, ou Benfeitora.
Iuaenetejeruimenecui Setepemptá Usercaré SequemancâmomPtolemeu IV Filopator (Πτολεμαῖος Φιλοπάτωρ) (ptwꜢlwmys, Petualumys)
No seu reinado começou a decadência do Egito Ptolemaico. Assassinou a sua mãe para evitar a sua influência, e diz-se que poderá também ter morto o pai, ficando-lhe o epíteto Filópator (Amado(a) pelo pai) como um sinal irónico do seu ato. Ao longo do seu reinado deixou-se influenciar por vários cortesãos que tomaram as rédeas do poder.
Governou o Egito em conjunto com o esposo. Foi a primeira rainha da dinastia a conceber um filho do próprio irmão. Ficou conhecida como Téa Filópator (Deus (a) amado (a) pelo pai).
Reinado marcado por guerras externas com a Macedónia e a Síria, e também internas, com faraós rebeldes a contestarem o seu poder no Egito. Conhecido como Epifanes (O Ilustre).
Governou o Egito em conjunto com o esposo, e depois sozinha, como regente, sendo a primeira rainha a fazê-lo. Parou a preparação de uma invasão à Síria que o seu esposo planeava fazer antes de falecer.
Reinado marcado pelo conflito com a Síria pela posse da Cele-Síria, que o Egito reclamava como sua através de um suposto dote de Cleópatra I. Este conflito impopularizou Ptolemeu, que, durante uma viagem a Roma para pedir auxílio para os seus propósitos, viu o seu trono tomado pelo seu irmão homónimo. Contudo, após depor o irmão e regressar ao trono, e pouco antes de falecer, conseguiu ocupar a Síria, conquistar Selêucia e coroar-se Rei da Ásia. O seu epíteto, Filometor (Amado (a) pela mãe) poderá estar relacionado com a regência da mãe nos primeiros anos de reinado.
Governou o Egito em conjunto com Ptolemeu VI; seguidamente foi regente do filho, Ptolemeu VIII até ao seu assassinato no ano seguinte; e por fim governou com Ptolemeu VII, com quem teve várias divergências: em 131 a.C. depôs o novo esposo (e também irmão), e governou o Egito sozinha. Em 127 foi deposta e em 124 reconciliou-se com o esposo, com quem governou até à morte, em 116 a.C.. Conhecida como Filometor (Amado (a) pela mãe) e Soteira (Salvadora).
Reinado marcado pelo conflito familiar: consegue depor os irmãos, Ptolemeu VI e Cleópatra II, em 164, para ser deposto pelos mesmos no ano seguinte; regressa em 145, após a morte do irmão, para casar com a irmã viúva. Casa-se simultaneamente com a filha desta (e sobrinha), Cleópatra III. Contudo, ambos acabam depostos por Cleópatra II em 132, governando ela o Egito sozinha, até nova investida dele e de Cleópatra III, que recuperam o trono em 126. Em 124 reconcilia-se com Cleópatra II e os três governam novamente em conjunto até 116 a.C., data da sua morte.
Proclamado faraó pela mãe, mas é assassinado pelo tio-padrasto, Ptolemeu VII. Conhecido como Neos Filopator (Novo (a) amado (a) pelo pai). Há hipóteses de nem sequer ter acedido ao poder e ter-lhe sido concedida dignidade régia apenas postumamente.
Governou o Egito em conjunto com Ptolemeu VII; deposta pela mãe em 132, recupera, com o esposo e tio, o trono em 127. Em 124 o esposo e a mãe reconciliaram-se, e governaram os três em conjunto até à morte daqueles em 116 a.C.. A partir daí, governando com os filhos, Ptolemeu IX e Ptolemeu X, teve de gerir o seu poder no conflito que cedo minou a relação entre os irmãos. Acabou assassinada pelo filho, Ptolemeu X, em 101 a.C. Conhecida como Euergetes (Benfeitor (a)), Filometor (Amado (a) pela mãe) e Soteira (Salvadora). Também terá usado o epíteto Kokke, segundo Estrabão.
Governou em conjunto com o esposo-irmão, mas cedo acabou expulsa pela mãe, que casou Ptolemeu com outra irmã, Cleópatra Selene. Casando novamente na Síria, acabou por constituir uma ameaça para a sua irmã Trifena, que ordenou o seu assassinato, em Antioquia.
Favorecida pela mãe em detrimento de Cleópatra IV, acabou um peão no jogo político da mãe, oque explica o seu elevado número de casamentos.Casando com os seus dois irmãos, conseguiu estabelecer por algum tempo o seu poder no Egito. O divórcio de Ptolemeu X, em 103, fez com que a mãe a conduzisse para a Síria, conde desposou mais três monarcas desse reino. Acabaria inclusive por chegar a rainha reinante da Síria, a partir de 82 a.C..
Iuanetejermenequenetejerete Menquetré Setepemptá Irimaetré SenenanquenamomPtolemeu X Alexandre I (Πτολεμαίος Αλέξανδρος) (ptwꜢlwmys Ꜥlksntrs, Petualumys Aleksentres)
Reinado marcado pelo conflito familiar: consegue depor o irmão por duas vezes, antes de assassinar a mãe, em 101 a.C.. O povo, revoltado contra ele, força-o a exilar-se, uma primeira vez na Síria e depois no Chipre, e a caminho desta ilha acabou assassinado.
Reinado marcado pelo conflito familiar: casada com o tio, Ptolemeu X, herda o trono do pai, Ptolemeu IX. Contudo, é forçada a casar com o primo, Ptolemeu XI, que 19 dias depois a manda asssassinar.
Reinado marcado pelo conflito familiar: ordena o assassinato da sua esposa, Berenice III, 19 dias depois de casarem. O povo de Alexandria, revoltado contra ele, invade o palácio e assassina-o.
Em 58 a.C. foi forçado a exilar-se, e nessa altura as suas filhas mais velhas tomaram o controlo. Consegue expulsar a sua filha Berenice em 55 a.C., regressando então ao trono. Ficou conhecido como Neos Dionisos (O Novo Dioniso), Téos Filopator (Deus amado pelo pai), Téos Filadelfos (Deus amado pelo irmão), e ainda Auletes (O Flautista). A designação alternativa de Nothos (O Bastardo) põe em causa a sua filiação, já que não é certa a sua filiação em Cleópatra IV.
Tradicionalmente terá falecido em 69, ano em que desaparece da documentação. Contudo parece surgir ao lado de Ptolemeu XII, mais tarde, uma Cleópatra Trifena, que não parece ser sua filha, mas ela própria. Para os defensores da teoria que ela continuou a viver após 69, terá sido ela a governar junto a sua filha Berencie IV durante o exílio do marido.
Tradicionalmente filha mais velha de Ptolemeu XII,[86] governou com a sua irmã Berenice IV, pelo menos por um ano. Surgiu, mais recentemente uma nova teoria, na qual esta Cleópatra seria uma duplicação de Cleópatra V, que teria sobrevivido a 69 a.C., e governado com a sua filha Berenice. A comprovar esta teoria, Estrabão refere que Ptolemeu teve três filhas: Berenice, Cleóptara e Arsínoe, das quais Berenice seria a mais velha e a única legítima, não havendo espaço para uma outra Cleópatra.[87]
Provavelmente a filha mais velha e a única legítima, segundo Estrabão.[87] Governou com a irmã, ou com a mãe, sabendo-se que provavelmente terá envenenado esta sua co-governante. Casou por duas vezes: envenenou o primeiro esposo, e o pai assassinou o segundo.
Ascendeu ao trono após a morte do pai, em 51 a.C.. Governou com os irmãos-esposos, Ptolemeu XIII e Ptolemeu XIV, e mais tarde viria associar o filho, Ptolemeu XV. Conseguiu equilibrar as crescentes influências romanas com as suas alianças com o ditador Júlio César e mais tarde o general Marco António. O seu governo pró-romano contou, no entanto, com a oposição da irmã, Arsínoe IV, que mandaria assassinar em 47 a.C..
entre 26 de julho e 2 de setembro de 44 a.C. Alexandria 15-16 anos
Ascendeu ao trono após casar com a irmã, Cleópatra, que, após a morte de Júlio César, poderá ter ordenado o seu assassinato para associar mais cedo o filho que teve daquele ditador, Ptolemeu XV.
Foi associado ao poder pela mãe. Governou sozinho por onze dias, desde a morte da mãe, a 12 de agosto, até 23 de agosto, quando o ImperadorOctaviano ordenou a sua morte.
↑A forma Hicso, como comummente se designa o povo invasor da Dinastia XV, provém do egípcio Heka-chasut, que somente significa estrangeiro. Assim, Hicso não era o povo invasor em si, mas apenas o nome dado à sua condição externa à sociedade egípcia.
↑Geralmente numerado VIII, mas segundo as nomenclaturas mais antigas era numerado VII, o que dado a cronologia apresentada parece mais coerente, dado que foi o governante que se seguiu a Ptolemeu VI, mesmo que como usurpador e inicialmente por somente um ano.
↑Geralmente numerado VII, mas segundo as nomenclaturas mais antigas era numerado VIII, o que dado a cronologia apresentada parece mais coerente, dado que, apesar de ter sucedido ao seu pai Ptolemeu VI, este teve um interregno em 164-163 durante o qual governou um outro Ptolemeu, seu tio, fazendo dele, não o sétimo, mas o oitaao Ptolemeu a ascender ao poder.
↑Geralmente numerado IX, mas segundo as nomenclaturas mais antigas era numerado VIII, provavelmente não contando o reinado de Ptolemeu Neos Filopator.
Referências
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