Ptolemeu III Evérgeta
Ptolemeu III Evérgeta (ca. 280 a.C. — 221 a.C.) foi o terceiro soberano da dinastia ptolemaica, tendo governado o Egito entre 246 e 221 a.C.. Ptolemeu III era filho do seu antecessor, Ptolemeu II Filadelfo, e da primeira esposa deste, Arsínoe I, filha de Lisímaco.[1] Seu pai, Ptolemeu II, era filho de Ptolemeu I Sóter e Berenice I.[2] Berenice II, filha do rei Magas de Cirene,[3] filho do primeiro casamento de Berenice I, com um nobre macedônio chamado Filipe.[4] havia sido prometida por seu pai como esposa a Ptolemeu III, para acabar com a divisão entre a Cirenaica e o Egito, mas, após a morte de Magas de Cirene, Arsínoe,[Nota 1] sua mãe, chamou Demétrio, o Belo para casar-se com a filha.[5] Demétrio foi morto quando estava na cama com sua sogra, Arsínoe, que ainda tentou proteger o seu amante cobrindo seu corpo com o dela.[5] Na sequência, Berenice casou-se conforme o desejo de seu pai.[5] A sua irmã, também chamada Berenice, foi casada com o rei selêucida Antíoco II Theos.[6] Quando Antíoco faleceu a sua primeira esposa, Laódice, procurou promover os seus dois filhos na corte, afastando o filho de Berenice. Seria um dos filhos de Laódice, Seleuco II Calínico, a suceder a Antíoco II,[6][7] tendo Berenice e o seu filho sido assassinados por Seleuco II, respectivamente, seu enteado e irmão.[6] Berenice, a irmã de Ptolemeu III, quando soube que assassinos haviam sido enviados contra ela, encerrou-se com seu filho em Dafne.[6] Em reacção a estes acontecimentos, Ptolemeu III decide invadir o reino selêucida em 246 a.C., dando início à Terceira Guerra da Síria ou Guerra da Laodiceia que se prolongaria até 241 a.C.. Ptolemeu III chegou tarde, e Berenice, sua irmã, foi traída e morta; isto foi considerado uma indignidade, e várias cidades se revoltaram, se entregando para Ptolemeu III.[6] Durante o conflito Ptolemeu consegue conquistar toda a área compreendida entre a Ásia Ocidental e a Mesopotâmia,[carece de fontes] quando Seleuco pede ajuda a seu irmão Antíoco Hierax, então com quatorze anos de idade, prometendo-lhe a parte da Ásia que continha os Montes Tauro.[8] mas no fim da guerra Seleuco consegue recuperar os territórios perdidos,[carece de fontes] e Ptolemeu e Seleuco celebram a paz por dez anos.[8] Após Seleuco e seu irmão Antíoco brigarem e se destruírem mutuamente, Antíoco Hierax procurou refúgio com Ptolemeu III, foi preso, escapou e foi morto, na fuga, por ladrões.[9] Cleômenes III, rei de Esparta, havia enviado sua esposa e filhos para serem protegidos por Ptolemeu III; depois ele mesmo se refugiou no Egito, onde foi honrado pelo faraó.[10] Cleômenes e sua família foram mortos por Ptolemeu IV.[10] A nível interno, continuou o projecto de colonização do Faium iniciado pelo seu pai. Atribui-se a Ptolemeu III a ordem de construção do templo de Hórus em Edfu (237 a.C.), bem como a recuperação de estátuas levadas para fora do Egito durante o período de dominação persa. Em consequência deste feito Ptolemeu recebeu o nome de Evérgeta, o que significa "O Benfeitor". Ptolemeu promoveu também uma reforma do calendário que não viria a ter muito sucesso. Neste calendário o ano 311 a.C. seria o primeiro ano da "era ptolemaica". Foi sucedido pelo seu filho, Ptolemeu IV Filopátor,[11] filho de Berenice II,[3] que se casou com Arsínoe III, filha de Berenice II.[3] Segundo Juniano Justino, Ptolemeu IV matou seu pai e sua mãe, e ganhou o apelido de Filopátor (aquele que ama seu pai) por ironia.[11] Outro filho de Ptolemeu III e Berenice II, Magas, foi morto por Sosíbio, ministro de Ptolemeu IV.[3] Sosíbio também matou um irmão de Ptolemeu III, Lisímaco, filho de Ptolemeu II Filadelfo e Arsínoe, filha de Lisímaco.[3] Titulatura
Ver tambémNotas e referênciasNotas
Referências
Árvore genealógica incompleta baseada em alguma síntese.
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