Sobre títulos consecutivos, a sequência máxima obtida ao longo da competição foi o pentacampeonato do Santos (1961-62-63-64-65). Afora isso, houve o tricampeonato do São Paulo (2006-07-08) e diversos bicampeonatos consecutivos: o Palmeiras alcançou quatro vezes (1967,[nota 1] 1972-73, 1993-94 e 2022-23), o Flamengo por duas vezes (1982-83 e 2019-20), enquanto que tal feito foi conseguido uma vez pelo Internacional (1975-76), pelo Corinthians (1998-99) e pelo Cruzeiro (2013-14).
A última vez que todos os dezessete clubes campeões brasileiros da Série A disputaram uma mesma edição foi em 2001, quando 28 clubes participaram da competição, justamente no ano que consagrou o décimo sétimo e último campeão inédito, o Athletico Paranaense.
Essa questão sobre o consenso do que seria década citada abaixo já não existe no artigo específico da Wikipédia (em destaque acima), e a questão foi acrescentada sem passar pela página de discussão desse artigo, onde estava sendo debatida, de modo que considere o início como no ano zero como anos tais e não como a década em si, que começa sempre no ano com final 1.
Por conta de não haver um consenso sobre se "década" termina no ano 9 ou no ano 0 (como em 2019 ou 2020[16]), para não causar controvérsias para fins estatísticos, será considerado, nesta seção, "décadas" para décadas ordinais, começando no ano 1 e terminando no ano 0 (como em 2001 a 2010) e "Anos" para décadas cardinais, começando em 0 e terminando em 9 (como em anos 1980, de 1980 a 1989).[16]
Considerando década começando no ano 0 e terminando em ano 9 (como em 1980 a 1989), o Flamengo é o único clube a ser campeão brasileiro em cinco décadas diferentes (foi campeão nos anos 1980, 1990, 2000, 2010 e 2020). Em se considerando década começando no ano 1 e terminando em ano 0 (como em 1971 a 1980), o Flamengo e o Palmeiras são os 2 únicos clubes a serem campeões em cinco décadas diferentes, mas somente o Flamengo em 5 décadas consecutivas (o Flamengo foi campeão nas anos 1970, 1980, 1990, 2000 e 2010, e o Palmeiras foi campeão nos anos 1960, 1970, 1990, 2000 e 2010).
O Flamengo detém ao mesmo tempo o melhor e o pior aproveitamento de um campeão brasileiro desde 2003, com 59% (19 vitórias, 10 empates e 9 derrotas) na edição de 2009 e 78,9% (28 vitórias, 6 empates e 4 derrotas) de na edição de 2019.
Temporadas entre os quatro primeiros
Durante as 69 edições do Campeonato Brasileiro, realizadas entre 1937 e 2024, 33 equipes diferentes terminaram o torneio entre os quatro primeiros colocados.
Total de rodadas que cada clube esteve na liderança desde 2003, ano que começou o sistema de pontos corridos. Atualizado até a 38ª rodada do Brasileirão 2024.[17]
O Palmeiras detém a maior invencibilidade em clássicos da história da competição, com 25 jogos de invencibilidade sobre o São Paulo de 20 de fevereiro de 1974 a 2 de setembro de 2000, quando perdeu por 3 a 0 para o Tricolor. Durante o período foram 11 vitórias palmeirenses e 14 empates.[21]
A tabela a seguir apresenta os clubes que mais pontuaram de 1937 e 2024, considerando dois pontos por vitória entre 1937 e 1994. Vale salientar que, entre 1975 e 1977, cada vitória por 2 ou mais gols de diferença dava um ponto extra ao vencedor. Em 1978 a regra do ponto extra se manteve, porém apenas para vitórias por 3 ou mais gols de diferença. Na edição de 1988, todos os jogos que terminassem empatados tinham decisões por pênaltis; vitória no tempo normal dava 3 pontos para o vencedor e zero pontos para o derrotado; vitória na decisão por pênaltis dava 2 pontos para o vencedor e 1 ponto para o derrotado.[22]
Durante os 18 anos em que o Campeonato Brasileiro adotou a fórmula de pontos corridos (desde 2003), 44 equipes já participaram. Na tabela abaixo, é possível verificar o desempenho de todas as equipes que disputaram o campeonato desde a primeira edição, em 2003. Números em negrito indicam o recorde (número mais positivo ou negativo) de cada coluna apresentada.[23][24]
A tabela a seguir apresenta os clubes que marcaram mais de 1000 gols no Campeonato Brasileiro entre 1937 e 2024. Apenas 11 clubes marcaram mais de 2000 gols e somente outros 7 mais de 1000.[25]
Há casos que mais de um jogador dividiu a artilharia da competição e ambos são contados de forma independente, por este motivo há uma diferença entre o número de artilheiros e o número de edições do campeonato.
O primeiro artilheiro da história do Campeonato Brasileiro foi Paulista, do Atlético Mineiro, em 1937, com oito gols.
O primeiro gol da história do Brasileirão foi de Paranhos, da Liga da Marinha, contra o Aliança-RJ, em 1937.
Dario (1971, 1972 e 1976), Túlio (1989, 1994 e 1995), Romário (2000, 2001 e 2005) e Fred (2012, 2014 e 2016) são os jogadores que mais vezes foram artilheiros – três, pelo menos uma delas com o título: 1971 e 1976 para Dario, 1995 para Túlio, 2000 para Romário e 2012 para Fred.
Uma artilharia do Romário, todavia, é contestada; para alguns, ele teria dividido a de 2000 com Dill e Magno Alves, com os três, jogadores de clubes do Módulo Azul (virtual primeira divisão), tendo marcado cada um 20 vezes. Outros entendem que naquela edição a artilharia foi de Adhemar, que somou 22 tentos no Módulo Amarelo e Fase Final. A discordância permanece por conta do fato de ainda não haver uma lista oficial relativa ao assunto.
Romário é também o mais velho a sagrar-se artilheiro, com 39 anos em 2005.
Roberto Dinamite é quem mais fez gols em campeonatos brasileiros: 190. Também é quem mais tempo levou entre uma artilharia e outra: a primeira em 1974 (sendo campeão) e a segunda dez anos depois, em 1984 (vice-campeão).
O recorde de mais gols marcados por um mesmo jogador em uma mesma partida do Brasileiro: Edmundo - 6 gols marcados contra o União São João de Araras, em 1997 (e ele ainda perdeu um pênalti).[26]
Washington, jogando em 2004 pelo Atlético Paranaense, foi o maior artilheiro de um único Campeonato Brasileiro, com 34 gols. Por outro lado, o "Coração Valente" alcançou a marca na fórmula dos pontos corridos, com mais de trinta rodadas. Edmundo conseguiu marcar 29 gols em 1997 com o campeonato, ainda com uma primeira fase em turno único e uma fase final em mata-mata, prevendo assim menos partidas (28 jogos). Continua, entretanto, insuperável a marca obtida por Reinaldo que, jogando pelo Atlético Mineiro em 1977, marcou 28 gols em apenas 18 jogos, atingindo uma impressionante média de 1,55 gols por partida.
Os irmãos Edu (em 1969) e Zico (em 1980 e 1982) são os únicos parentes que sagraram-se artilheiros. Zico foi campeão pelo Flamengo nas duas vezes em que terminou o campeonato como maior goleador, enquanto Edu terminou em sétimo lugar com o America.
Por outro lado, Josiel é o único artilheiro cujo clube terminou rebaixado (Paraná, em 2007).
O uruguaio Pedro Rocha ainda hoje é o único estrangeiro a ter alcançado a artilharia, em 1972.
Jairo, do Corinthians, é o goleiro que mais tempo ficou sem levar gols na história dos Campeonatos Brasileiro. Foram 1132 minutos, ou 12 jogos e meio de invencibilidade, nos campeonatos de 1977 e 1978. No entanto, em uma única edição, o recorde é de Emerson Leão, do Palmeiras, que ficou 1057 minutos em 1973.[27]
O São Paulo é a equipe com maior média de gols marcados em toda a história do campeonato, com 1,56 por partida. O Internacional (RS) tem a menor média de gols sofridos entre times com mais de 10 participações: 1 gol por jogo.
† = Jogo da Taça Brasil de 1968, conclusa apenas em 1969.
Nota: Para ser considerada a maior goleada da edição, um jogo deve ter maior diferença de gols e maior número de gols feitos pela equipe vencedora (por exemplo, um resultado 7x1 é considerado maior que um resultado 6x0, embora possuam a mesma diferença de gols).
A maior goleada em confrontos finais pertence ao Palmeiras que venceu o Fortaleza por 8 a 2 em 1960.
Os campeonatos de 1967,[nota 3]1968,[nota 3]1969, 1970, 1971 e 1973 não tiveram um único confronto final: o de 1967 foi decidido num quadrangular entre Palmeiras, Internacional, Corinthians e Grêmio; o de 1968 foi decidido num quadrangular entre Santos, Internacional, Vasco da Gama e Palmeiras; o de 1969 foi decidido num quadrangular entre Palmeiras, Cruzeiro, Corinthians e Botafogo; o de 1970 foi decidido num quadrangular entre Fluminense, Palmeiras, Atlético Mineiro e Cruzeiro; o de 1971 foi decidido num triangular entre Atlético Mineiro, São Paulo e Botafogo; o de 1973 foi decidido num quadrangular entre Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro e Internacional.
A final de 1980 entre Atlético Mineiro e Flamengo, disputada em dois jogos, foi a que teve mais pagantes, 269.497:
28 de maio de 1980, 115.142, Atlético versus Flamengo, no Mineirão (Belo Horizonte);
1 de junho de 1980, 154.355, Flamengo versus Atlético, no Maracanã (Rio de Janeiro).
Fluminense e Vasco da Gama fizeram a primeira final entre clubes de uma mesma cidade, no Campeonato Brasileiro de 1984. Como os dois clubes haviam levado quase 120.000 pagantes em seus jogos com mando de campo pelas semifinais, as duas diretorias optaram por um grande aumento no preço dos ingressos para evitarem-se tumultos, numa época em que não era comum a venda antecipada de ingressos para as partidas.
Em apenas duas finais não houve participação de equipes paulistas ou cariocas: Em 1975 (Internacional versus Cruzeiro) e 1988 (Bahia versus Internacional).
Em 8 vezes, a final foi disputada por equipes do mesmo estado:
Desde 2003, o Campeonato Brasileiro é disputado por pontos corridos, como na maioria dos países filiados à FIFA, não havendo mais uma decisão entre apenas duas equipes.
A edição que contou com maior número de participantes foi a de 1979, que comportou 94 clubes.[30]
Clubes com mais de mil partidas
A tabela a seguir apresenta os clubes com mais de 1000 partidas disputadas no Campeonato Brasileiro entre 1937 e 2024. Apenas 11 clubes com mais de 1500 partidas disputadas e outros 7 com mais de 1000.[22]
Os jogadores que mais vezes venceram o Campeonato Brasileiro foram: Lima, Pelé e Pepe, com seis conquistas para cada. Os três atletas alcançaram este feito jogando pelo Santos, em 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968.[41][42]
A tabela abaixo traz os jogadores que mais ganharam o Campeonato Brasileiro de Futebol, contando os títulos conquistados desde 1937. Os maiores vencedores são Pelé, Pepe e Lima, campeões seis vezes pelo Santos durante a década de 1960.[43][44]
O jogador mais jovem da história a marcar um gol no Campeonato Brasileiro foi o atacante Endrick, do Palmeiras, com dezesseis anos, três meses e quatro dias.[63]
O jogador mais jovem a conquistar o título de campeão brasileiro foi o atacante Endrick, do Palmeiras, com 16 anos e três meses.
O jogador mais velho a conquistar o título de campeão brasileiro foi o lateral-esquerdo Zé Roberto, do Palmeiras, com 42 anos e quatro meses.[64]
O artilheiro mais jovem é do Santos: Em 1962, Coutinho, 19 anos e 10 meses, com sete gols.[65]
Primeiro caso de doping: Em 18/11/1973, Campos, do Atlético-MG, foi o primeiro jogador flagrado no exame antidoping na história do Brasileiro. Após a marcar os gols do seu time na vitória por 2 a 1 contra o Vasco, foi constatada a presença da substância efedrina em sua urina. Ele ficou seis meses suspenso.[30]
O jogo com o maior número de expulsões da história do Campeonato Brasileiro teve o Goiás Esporte Clube como protagonista. A partida, contra o Cruzeiro, foi válida pelo Brasileirão de 1979. Foram 14 expulsões, sendo 9 do Goiás. O Goiás vencia por 3 a 1 quando o árbitro Aluísio Felisberto da Silva encerrou o jogo, por falta de jogadores.[69]
↑ abEm 1967 foram realizados dois Campeonatos Brasileiros: Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa, ambos conquistados pelo Palmeiras.
↑ abcdefNão houve partida final. Foi disputado um quadrangular final para decidir o campeão.
↑ abcdefghijklmnopqrstuv Em 1967 e 1968, foram realizados dois Campeonatos Brasileiros. Esta colocação refere-se ao torneio denominado na época de Torneio Roberto Gomes Pedrosa.
↑ abcdefghijklmnopqrstEm 1967 e 1968, foram realizados dois Campeonatos Brasileiros. Esta colocação refere-se ao torneio denominado na época de Taça Brasil.
↑Não houve partida final. Foi disputado um triangular final para decidir o campeão.
↑ abnão se contabiliza aqui a controversa Copa União de 1987, acatando uma resolução do STF. Em 2019, quando o Flamengo ganhou o Campeonato Brasileiro daquele ano, a CBF informou, em uma nota enviada a imprensa, que, "a título de opinião, sob o ponto de vista esportivo, o Flamengo é merecedor da designação de heptacampeão brasileiro".
↑Supondo que o primeiro título do Atlético-MG tivesse ocorrido em 1958, a diferença seria de 13 anos, 10 meses e 16 dias. Considerando esta ficção, o décimo maior jejum seria do Bahia: 1959–1988; 28 anos, 10 meses e 17 dias.
↑O atacante Cláudio, do Palmeiras, detinha o recorde ao estrear com 16 anos e 24 dias, mas foi descoberto que o jogador havia adulterado a data de nascimento e, na verdade, era dois anos mais velho.[32]
↑O zagueiro Michel Schmöller, do Figueirense, detinha o recorde ao estrear com 16 anos e 203 dias, mas foi descoberto que o jogador havia adulterado a data de nascimento e, na verdade, era três anos mais velho.[33]