Além de ser advogado, também demonstrava sua vocação literária; escreveu no Diário de Pernambuco, no Diário da Tarde e no Jornal do Comércio. Em João Pessoa, foi redator de A União, sob a direção de Orris Barbosa, ao mesmo tempo, gerenciava o escritório comercial da fábrica de cigarros Estrela do Norte, de propriedade do seu avô.[2]
Com o advento do Estado Novo em 1937, foi nomeado prefeito de Itabaiana, sua cidade natal[3], cargo no qual permaneceu até janeiro de 1938; prefeito nomeado de João Pessoa em 1946 e 1947.[4]
Em 1950 foi eleito suplente do senador Rui Carneiro, vindo a exercer o mandato por dua vezes entre outubro de 1953 e março de 1954, e entre junho e setembro de 1957. Nas eleições de outubro de 1958 foi eleito deputado federal na legenda pelo Partido Social Democrático (PSD).
Abelardo Jurema chega a ocupar a importante liderança do governo Juscelino Kubitschek na Câmara dos Deputados. Reeleito deputado federal pela Paraíba em 1962, Abelardo licencia-se do mandato em junho de 1963 para assumir a pasta da Justiça do Governo João Goulart. Duas de suas iniciativas tiveram grande repercussão: a criação do Comissariado de Defesa da Economia Popular, órgão fiscalizador dos preços dos gêneros alimentícios, e o congelamento do preço dos aluguéis.[1]
Após o golpe de 1964 e a renúncia de Goulart, Jurema volta a câmara dos deputados porém, foi cassado e teve os direitos políticos suspensos com base no Ato Institucional nº 1.[4] No seu lugar assumiu o ex-governador João Fernandes de Lima (PSD-PB). Em seguida, partiu para o exílio no Peru. Em 1974 regressa ao Brasil e em 1979, com a anistia filia-se ao PDS.
No Rio de Janeiro, ele teve participação ativa na federalização da UFPB, na construção de Brasília e na criação dos estados do Acre e da Guanabara. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano IHGP. Recebeu o título de Professor Honoris Causa da UFPB.[2]
Academia Paraibana de Letras
Assumiu a cadeira 23 da Academia Paraibana de Letras, em 14 de janeiro de 1982, saudado pelo acadêmico Luiz Augusto Crispim.
↑ abcBrasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «ABELARDO DE ARAUJO JUREMA». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 22 de novembro de 2020