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Capim Grosso

Capim Grosso
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Capim Grosso
Bandeira
Brasão de armas de Capim Grosso
Brasão de armas
Hino
Gentílico capim-grossense[1]
Localização
Localização de Capim Grosso na Bahia
Localização de Capim Grosso na Bahia
Localização de Capim Grosso na Bahia
Capim Grosso está localizado em: Brasil
Capim Grosso
Localização de Capim Grosso no Brasil
Mapa
Mapa de Capim Grosso
Coordenadas 11° 22′ 51″ S, 40° 00′ 46″ O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes São José do Jacuípe, Quixabeira, Jacobina, Caém, Santaluz, Queimadas e Ponto Novo
Distância até a capital 272 km
História
Fundação 9 de maio de 1985 (39 anos)
Administração
Prefeito(a) José Sivaldo Rios de Carvalho[2] (PSD, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [3] 464,776 km²
População total (2024) [4] 35 228 hab.
Densidade 75,8 hab./km²
Clima semiárido
Altitude 300 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 44820-001 a 44829-999
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5]) 0,621 médio
PIB (IBGE/2021[6]) R$ 579 807,79 mil
PIB per capita (IBGE/2021[6]) R$ 18 670,35
Sítio www.capimgrosso.ba.gov.br (Prefeitura)
www.capimgrosso.ba.leg.br (Câmara)

Capim Grosso é um município brasileiro do estado da Bahia.

História

O território que compõe o atual município de Capim Grosso foi originariamente povoado por diversas etnias indígenas, com destaque para os povos genericamente denominados de tapuias e cariris. Com a invasão portuguesa nos territórios indígenas no interior do Nordeste, houve a expansão dos domínios dos proprietários "curraleiros" com destaque para a família dos descendentes do latifundiário "Garcia d'Ávila", família que viria ser conhecida historicamente como a Casa da Torre.

Os povos indígenas que viviam neste território foram expulsos da terra que tradicionalmente ocupavam, deslocando-se para outras regiões para sobreviver. Assim, os indígenas remanescentes acabaram sendo aldeados entre os séculos XVII e XVIII nas Missões religiosas do Sahy (Senhor do Bonfim da Tapera), de São Francisco Xavier (atual Jacobina Velha) e de Bom Jesus da Glória de Jacobina (Santo Antônio de Jacobina).[7][8]

A concentração da população indígena remanescente em aldeamentos missionários e a expulsão dos indígenas que se recusaram a se aldearem nas missões religiosas contribuíram para um despovoamento da região entre os séculos XVII e XIX, condições que viabilizaram o estabelecimento de propriedades latifundiárias de grandes proporções, como ocorreu com a sesmaria doada à família da Casa da Torre, território que era ignorado pelas instituições governamentais do período colonial e do Império[7][8], o que explica a ausência do estado nessa região por séculos.

Com a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, a situação não mudou nestas terras que faziam parte de um latifúndio denominado de Fazenda Capim Grosso situado no município de Jacobina. A mudança nesta situação ocorreu em 1916, quando, de acordo com a história oral, um casal de lavradores (dona Ursulina Araújo e o senhor Zózimo Amâncio de Araújo) que moravam nessa fazenda decidiram estabelecer uma moradia própria, tendo construído uma casa e uma casa de farinha na beira de uma lagoa chamada de Lago Capim Grosso. Estas construções passaram posteriormente a receber moradores no seu entorno que formaram o embrião do sítio urbano da futura cidade de Capim Grosso.[9]

Na década de 1940, o povoado de Capim Grosso foi impactado pelas transformações no âmbito educacional, cultural e econômico causadas pela criação da Escola Paroquial de Capim Grosso, estabelecimento privado de ensino confessional implantada pelo padre Alfredo Maria Haasler, pároco da cidade de Jacobina, e em 1947 pela criação da primeira Feira livre do povoado, situada embaixo de uma cajazeira, feira que potencializou o comércio na comunidade local.[9]

Emancipação política do município

Na década de 1980, com o fim da Ditadura Militar e a promulgação da Constituição Federal de 1988, as reivindicações da população de Capim Grosso passaram a ser mais escutadas pelas autoridades políticas instituídas com a redemocratização do Brasil, especialmente as autoridades locais do Município de Jacobina que passaram a apoiar a emancipação política da localidade.[9]

Em 1984, o prefeito de Jacobina Carlos Alberto Pires Daltro, o Dr. Carlito, expressou seu apoio conferindo autonomia à localidade e articulando para viabilizar a ocorrência da emancipação propriamente dita, o que ocorreu no ano seguinte, em 9 de maio de 1985, quando a população local votou no plebiscito em favor da separação de Capim Grosso[9], que se desmembrou de Jacobina para formar um novo município, conforme a lei estadual nº 4437, de 9 de maio de 1985.[10]

Após a primeira eleição municipal realizada em Capim Grosso, a população elegeu Cesiano Carlos para assumir o cargo de primeiro prefeito do Município de Capim Grosso.[9]

Geografia

Localizada a 293 km de Salvador[10], sua população, conforme IBGE de 2024, é de 35 228 habitantes, sendo o terceiro maior município da microrregião de Jacobina.

Organização Político-Administrativa

O Município de Capim Grosso possui uma estrutura político-administrativa composta pelo Poder Executivo, chefiado por um Prefeito eleito por sufrágio universal, o qual é auxiliado diretamente por secretários municipais nomeados por ele, e pelo Poder Legislativo, institucionalizado pela Câmara Municipal de Capim Grosso, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por vereadores também eleitos por sufrágio universal.[11]

Atuais autoridades municipais de Capim Grosso

Infraestrutura

Educação

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica registrado no município em 2017, foi de 4,4 pontos, superando a meta estabelecida de 4,2 e em ascensão, desde 2005.[13]

Referências

  1. [1]
  2. «Candidatos a vereador Capim Grosso-BA». Estadão. Consultado em 5 de junho de 2021 
  3. «Área da unidade territorial [2017]». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2017. Consultado em 3 de setembro de 2018 
  4. «Estimativas da população residente para os municípios e para as unidades da federação - IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 13 de setembro de 2024 
  5. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2013 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2021». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 13 de setembro de 2024 
  7. a b Raphael Rodrigues Vieira Filho (2009). «POPULAÇÕES NEGRAS E INDÍGENAS NO SERTÃO DAS JACOBINAS SÉCULOS XVIII E XIX: É POSSÍVEL ENCONTRÁ-LAS EM DOCUMENTOS OFICIAIS?» (PDF). ANPUH: Anais do XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA. Consultado em 2 de maio de 2023 
  8. a b Solon Natalício Araújo dos Santos (2009). «Políticas Indígenas nos aldeamentos da Vila de Santo Antonio de Jacobina (1803-1816)» (PDF). ANPUH: Anais do XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA. Consultado em 2 de maio de 2023 
  9. a b c d e BERTOLINO, Valéria Menezes (2018). «Percepção, Memória e Significado: o caso da Lagoa Capim Grosso na cidade de Capim Grosso-Ba» (PDF). UNEB. Consultado em 2 de maio de 2023 
  10. a b «Capim Grosso». UFBA. Consultado em 2 de maio de 2023 
  11. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.
  12. a b c «Prefeito e vereadores de Capim Grosso tomam posse; veja lista de eleitos». G1. 1 de janeiro de 2021. Consultado em 2 de maio de 2023 
  13. «Capim Grosso: Ideb 2017». QEdu. 2017. Consultado em 3 de setembro de 2018 

Ligações externas

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