O território que compõem a contemporâneo município de Filadélfia foi originariamente povoado por diversas etnias indígenas, com destaque para os povos genericamente denominados de cariris.[6][7]
Com a invasão portuguesa nos territórios indígenas no interior do Nordeste, houve a expansão dos domínios sesmariais dos proprietários "curraleiros" com destaque para a família dos descendentes do latifundiário "Garcia d'Ávila", família que viria ser conhecida historicamente como a Casa da Torre.[6][7]
Os povos indígenas que viviam neste território foram expulsos da terra que tradicionalmente ocupavam, deslocando-se para outras regiões para sobreviver. Assim, os indígenas remanescentes acabaram sendo aldeados entre os séculos XVII e XVIII nas Missões religiosas do Sahy (Senhor do Bonfim da Tapera), de São Francisco Xavier (atual Jacobina Velha) e de Bom Jesus da Glória de Jacobina (Santo Antônio de Jacobina).[6][7]
Em razão desse esquecimento do território pelas autoridades políticas do século XIX e do século XX, a região, que era conhecida como Várzea do Curral, teria recebido incursões de cangaceiros, como Lampião.[8]
Na década de 1980, com o fim da ditadura militar e a promulgação da Constituição Federal de 1988, as reivindicações da população de Filadélfia passaram a ser mais escutadas pelas autoridades políticas instituídas com a redemocratização do Brasil, o que levou a Assembléia Legislativa da Bahia a decidir emancipar politicamente a localidade para formar o Município de Filadélfia. Assim, a AL-BA acabou criando este novo ente municipal em 9 de maio 1985, desmembrando-o do município de Pindobaçu.[8]
Geografia
O município de Filadélfia se localiza à latitude 10º44'34" sul e à longitude 40º07'55" oeste, com altitude de 424 metros. Sua população era estimada no ano de 2004 em 17.297 habitantes, distribuídos por 566,214 km² de área.
Filadélfia situa-se na microrregião de Senhor do Bonfim, sendo um dos principais produtores de feijão do estado.