Ernest Simoni
Ernest Simoni (Troshan, 18 de outubro de 1928) é um Cardeal albanês, criado pelo Papa Francisco.[1] BiografiaSimoni nasceu em uma aldeia próxima a Shkodrë, em uma família profundamente religiosa. Aos dez anos ingressou no Colégio Franciscano de Troshani, iniciando o processo de formação ao sacerdócio. Em 1948, no auge da perseguição do regime de Enver Hoxha, o convento franciscano foi saqueado e transformado num local de tortura para prisioneiros. Os frades foram fuzilados e os noviços expulsos. Simoni foi enviado para lecionar numa aldeia remota nas montanhas. Depois de dois anos de serviço militar (1953-1955), concluiu os estudos clandestinos de teologia.[2] Foi ordenado padre em 7 de abril de 1956, pelo Bispo Ernest Maria Çoba, na Arquidiocese de Shkodrë, onde permaneceu incardinado.[3] Em 24 de dezembro de 1963 foi preso por oferecer a Santa Missa do Galo pelo alma do presidente dos Estados Unidos da América, John F. Kennedy, que tinha sido assassinado. Foi condenado à morte, mas a sentença foi comutada em 25 anos de prisão e trabalhos forçados. Durante os anos da prisão foi para os companheiros de prisão como um pai espiritual.[2] Em 22 de maio de 1973, foi novamente condenado à morte, acusado de instigar um motim, mas devido ao depoimento favorável de seus carcereiros, a sentença não foi executada. Sua permanência na prisão durou 18 anos, doze dos quais passou nas minas.[2] Foi liberto em 1981, mas continuou a ser considerado como "inimigo do povo" pelas autoridades do regime. Depois da queda do regime comunista, exerceu seu ministério em vários vilarejos das campanhas albanesas.[2] Em 21 de setembro de 2014,[4] encontrou o papa Francisco em ocasião da visita pastoral dele na Albânia. Em 9 de outubro de 2016, o Papa Francisco anunciou a sua elevação a cardeal,[5] no Consistório Ordinário Público de 2016, realizado a 19 de novembro do mesmo ano, em que recebeu o barrete cardinalício e o título de cardeal-diácono de Santa Maria da Scala.[6] Atualmente, serve na Arquidiocese de Florença.[7] Foi recebido pelo então Arcebispo Giuseppe Betori, como sacerdote da Arquidiocese, e nomeado cônego honorário da Catedral.[8] Referências
Ligações externas
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